Monday, February 13, 2023

And these lights in our hearts, they tell no lies.

 

Fashion world se unindo em torno de colaborações que pretendem me levar à ruína financeira: Louis Vuitton + Yayoi Kusama, Loewe + Ghibli e agora Mulberry + Miffy. Ainda bem que bolsas de grife há muito tempo saíram da categoria “luxos possíveis desde que ocasionais” e viraram “mimos pós quina da loto OU assalto ao trem pagador” então fico com as fotos e o consolo de que peças de edição limitada acabam ficando datadas e o melhor é investir nos clássicos – ok, eu provavelmente também não posso mais pagar os clássicos, mas vocês entenderam.

Yayoi Kusama é uma das minhas artistas modernas preferidas; suas obras são coloridas, lúdicas e brincam com perspectiva, repetições, formas e cores. Há alguns anos passei quase uma hora na fila debaixo de chuva em Islington para ver uma exposição da velhinha; como as instalações dela são altamente instagramáveis (e o mundo foi mesmo engolido pelas redes sociais) a procura por ingressos é grande. Esse ano a exposição está sendo no Tate Modern, mas eu dei mole e esgotou. Então fui dar um rolê pela Harrods e apreciar a fachada decorada com os famosos “infinity dots”.

Essa é a robozinha da Yayoi Kusama que pinta a vitrine, acena e interage com os passantes – mas que nesse dia por algum motivo estava desligada. Fiquei meio borocoxô, mas felizmente dias depois eu passei pela loja da Louis Vuitton em Bond Street e eles tinham outra em pleno funcionamento, e que sorriu e deu tchauzinho quando me “viu”. O Uncanny Valley nunca foi tão fofo.

Porém mal sabia eu que algo especial me esperava ao virar a esquina:

Imediatamente apelidei de KUSAMÃO porque why not.

E dentro da loja da LV na Harrods havia mais alguns treats to be discovered:

Eu até tentei adquirir um óculos de polka dots, mas estava esgotado no momento. Minha carteira agradeceu e fui então gastar dinheiro com comida. Segui na estética japonesa almoçando um chicken katsu sando no Café Kitsuné. Veredito: o do Wa Café é melhor. No Kitsuné eu fico com o egg sando.

Depois passei por uma Paul Bakery e é impossível não comer uma (ou cinco) canelés.

E eu nunca vou me conformar que “depuis” em francês não é “depois” e sim “desde”.

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