Quase 30 dias, umas 300 fotos ruins de celular (o tijolão antiquado que eu tive coragem de levar pra rua pois não ia chorar muito se alguém levasse), muitas garrafas de cerveja cercada de amizades que resistem ao tempo, o cinza-concreto/verde-espelhado dos prédios da barra, humildes igrejinhas barrocas de cidade pequena, plantas que custam um rim na europa crescendo de rachaduras nas calçadas, pôres do sol supersaturados, viralatas caramelo e gatos de infindáveis tons, olhar para o céu e buscar nesgas azuis por entre as verdes copas da árvores, estações de metrô inéditas, linhas de ônibus que não existem mais, a alegre paleta de cores do casario colonial do centro antigo, hamburguer por toda a parte tomando lugar das comidas tradicionais de boteco, lojinhas que despejam a china pelas esquinas do saara, inúmeras fatias de red velvet (um sabor que por algum motivo se tornou popular num país que raramente consegue fazê-lo bem, mas seguimos na busca), a umidade da floresta grudando o suor na pele, a arte de rua tomando conta dos muros da zona portuária, a mata atlântica (ah, a mata atlântica), lugares que não visitei, lugares que abriram suas portas, lugares que agora só posso rever pelas ruas da memória. O amor existe e resiste em cada peça desse quebra-cabeças que é a minha cidade. Até nas peças que faltam.
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