Sunday, July 19, 2020

We gotta dance with the devil on a river to beat the stream.









































E o restaurante escolhido para ser o primeiro pós-lockdown a fim de celebrar o começo do fim da quarentena (*toc toc* bate na madeira) foi bem prosaico. Acontece que eu tinha um enorme desejo de comer uma pizza bem servida. Porque pizzaria hipster gosta de se gabar da massa, mas o diferencial pra mim é o que vai por cima dela. Pão eu como em casa. Beijo.

So, Pizza Express it was! Como a filial do nosso bairro estava fechada (nem todas abriram) e a mais próxima além dessa ficava numa área meio boring eu decidi me despencar pra Ipswich. Sim, Suffolk de novo. Eu estou quase me mudando, já que não saio de lá e assim economizava gasolina. Ipswich é a capital do condado; uma cidade cheia de prédios históricos, uma marina bonitinha repleta de barcos e gaivotas e margeando o rio Orwell um calçadão bastante agradável, pontilhado de restaurantes e cafés. E ainda assim eu acho que não moraria ali.

Talvez porque o centro da cidade seja meio bunda e tenha um aspecto meio abandonado fora dos dias de movimento. Talvez porque as lojas do centrinho me pareçam versões "amostra grátis", pequenas e com pouca variedade. Talvez por outros motivos que eu talvez não devesse discutir aqui. Mas apesar de curtir horrores sentar numa mesinha externa daquele Pizza Express (e já o fiz algumas vezes) o fato é que Ipswich não me encanta. Mas o dia estava lindo, as tirinhas de polenta frita estavam deliciosas, a cerveja estava gelada e tomar um expresso de verdade depois de quatro meses de café instantâneo foi glorioso. <

Depois fomos aproveitar o all-day parking, bater perna no centrinho, tomar um smoothie no Kaspas e um esporro light de uma velha por estarmos sentados nos degraus da saída de emergência de um museu. Bela bosta, mas enfim. Saímos e uns 100 metros depois eu olho pra trás e percebo que os degraus estão novamente ocupados, dessa vez por dois adolescentes, e a velha parada em pé ao lado caladinha. Excuuuuuuse me? Rodei nos calcanhares e voltei salivando feat. sangue nozóios, muito a fim de quebrar o meu jejum de barraco. Mas como se me adivinhasse a intenção, a velha dos infernos pegou uma reta, se enfiou pra dentro do museu e sumiu.

Ok, eu queria saber por que só a minha bunda era indigna de sentar ali, mas não a ponto de pagar ingresso de um MUSEU BÍBLICO EM FORMA DE ARCA DE NOÉ só pra soltar uns perdigotos nervosos na cara daquela senhora. Fuén. Fica pra próxima.

2 Comments:

  1. o sonho poder fazer um rolezinho pós lockdown ainda mais pra comer. mas né, aqui no brasil não dá nem pra dizer que teve quarentena quem dirá então conseguir pensar em quando essa desgraça vai acabar. enquanto isso a gente curte os rolês alheios (pra quem não mora no brasil porque quem mora a gente só sente raiva mesmo) e sofre por ter visto esse post sem ter jantado primeiro. faminta, salivando e querendo pizza.

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    1. O problema realmente foi não ter tido quarentena. Quase nada fechou na cidade da minha mãe. Muita gente no trabalho informal que precisava sobreviver. Mas também muito fdp que podia ter ficado em casa e não deu a mínima... Enfim, as coisas estiveram bem terríveis aqui, mas estão melhorando. Vai ser o mesmo no Brasil. Em breve muito rolezinho com pizza pra você! ♥

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