Tuesday, September 20, 2016

Life, lately.



This baby. ♥ Chegou pelo correio na sexta passada e eu estou in love. Não é o "último modelo" (celular sem entrada separada para fones não se cria na minha vida) mas tem 64GB; eu ia humildemente solicitar 16, mas como eles não tinham na cor que eu queria (gold) perguntaram se eu "aceitava" esse rosa aí pelo mesmo preço - RISOS. A tela é gigantesca e agora ficou infinitamente melhor ler meus feeds no celular.



("preço" porque não comprei; o aparelho está incluído no contrato de 24 meses)



Como sou brasileira e só desisto às terças e quintas, comprei essas trepadeiras variadas numa segunda de manhã a fim de substituir as que eu matei. A hera vermelha se foi ano passado (o resultado da necrópsia não foi conclusivo) e a clematis anterior foi imolada pelo respectivo, que deixou um balde cheio de pontas de cigarro pegar fogo embaixo da planta - coitada, morreu em sacrifício aos deuses da nicotina... A esperança custava só 2,40 o pote no estacionamento da The Range e eu não resisti. Let's try it again, shall we?

Falando em morte, façamos um minuto de silêncio pelos meus sapatos preferidos que perderam a vida na última roadtrip.



A Cornualha Matou Meus Sapatos dava um bom título de livro; só não decidi ainda qual será a história. Os sapatos foram pro lixo essa semana. R.I.P.



Já é Natal na Leader Magazine, etc (nunca enjoarei de fazer essa piada do pavê, etc) e mesmo sendo MEADOS DE SETEMBRO eu já comprei os primeiros enfeites natalinos de 2016. Tava querendo essa xícara no ano passado, mas ela esgotou antes que eu me decidisse a comprar; não quis cometer o mesmo erro novamente. #prevenida A anjinha (fada? essa asa é de fada, não de anjo) é meio horrorosinha, mas ao mesmo tempo fofa. Foi pity buy ("se eu não te levar ninguém mais te compra") mas também impulse buy ("tão baratinha, e esse pezão aí? awww"). Merry christmas!



No sábado fui de novo ao WA Café em Ealing, que já apareceu aqui antes. Eles já podem me dar carteirinha de cliente preferencial com direito a desconto, porque já apresentei uns cinco novos fãs ao estabelecimento. Patisserie francesa com um toque de fofura japonês - WAt's not to love? :)





Aqui em casa eu encontrei a colher perfeita para essa caneca:





A melhor maneira de começar o dia: um copo de café quentinho enquanto você abre envelope de encomenda que o carteiro acabou de entregar. Melhor ainda se for de tralhas papelísticas; os adesivos são tão gracinha que eu até vou relevar o fato de que o chinês mandou metade da minha encomenda de washis repetida de propósito.



(mentira, vou relevar não; a única coisa melhor do que começar o dia com café e adesivo é terminá-lo no paola bracho vingativa mode on deixando feedback passivo agressivo no Ebay)

Teve também jantar no meu turco preferido, que está deixando aos poucos de ser preferido porque a) parou de vender vinho (não que a Efes seja uma alternativa ruim...) e b) começou a apressar a clientela a fim de desocupar mesa.



Ok, eles são concorridos mesmo e por isso nem fazem reserva, mas era cedo ainda e o restaurante nem estava lotado. O prato principal foi praticamente jogado em cima da entrada e por duas vezes vieram tentar levar embora a comida que ainda estava pela metade - eu lá, de faca em riste pronta pra furar o moreno, tendo que segurar meu prato pela borda HOLD ON TO THAT PLATE JERONIMO. Tenha dó, colegas. Me trazer pratinho de turkish delight junto com a conta não vai amenizar o golpe. Tejem de molho até 2017.

Terminando a semana teve pesquisa pra fazer em Suffolk e, já que eu estava pela área, teve também pizza em Ipswich, a cidade principal do condado às margens do Rio Orwell.



Em outra vida eu teria um pequeno pleasure boat ancorado na marina de alguma cidadezinha charmosa + uma cobertura duplex de varanda com vista para o mar onde eu me sentaria bebendo prosecco e lançando olhares amorosos para o meu barco lá embaixo.

Em outra vida eu também teria dinheiro.





O que deu pra ter nessa vida = carboidratos, então sijoguemo:







Feito o estrago na glicemia fomos fazer turisminho batendo perna pela cidade e admirando a arquitetura. Juro que não foi pra "queimar calorias"; sempre miacabo de rir do povo que ACHA que não vai engordar em viagens depois de comer feito eritreu porque "andou muito". Não é assim que funciona, Adamastor.





Essa casa com colunas de madeira esculpida e desenhos em relevo na fachada é tão fabulosa que tem sua própria entry na wikipedia.





Mas mesmo admirando todo o significado histórico das construções que resistiram ao efeito destruidor das guerras, do tempo e do descaso humano, foi essa foto, ampliada em efeito billboard e colada na parede de um prédio nas docas, que me tocou de alguma forma:



Eu nem sei se ela está tocando bem ou mal, se está tocando at all, se a cena foi simplesmente montada para fazer a foto - os toques de verde brilhante se destacando sobre o fundo cor de cinza chumbo, o turbante que combina com a saia. Mas o meu cinismo tropeça nas mãos que seguram o instrumento com propriedade, na expressão serena do rosto que espelha o foco e a satisfação por criar a poesia em forma de música que eu imaginei se elevando da sujeira e da pobreza em meio ao caos da cidade. Música que eu nem mesmo pude ouvir ou saber se existiu, mas que de algum modo ficou em mim e acabou sendo a trilha sonora daquela tarde. Thank you for the music, Ipswich (and lady in the green shirt).

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