Wednesday, October 23, 2013

Tokyo, Day One.

Como todos, todas e seus cachorros, gatos, papagaios e urubus sabem, eu sempre quis conhecer Tóquio. Não sei explicar exatamente o porquê; o desejo vem desde a adolescência, quando eu me dirigia à Liberdade atrás de mangás que eu nem mesmo conseguia ler e docinhos cuja beleza da embalagem era metade da razão da compra. Sempre fui fã de todos os clichês: animes, J-pop (e música tradicional, também), sushi e artes marciais (me interessei por Okinawa depois de assistir Karatê Kid II, risos). Há tempos venho tentando realizar o sonho: no ano passado estávamos enrolados com mudança, e no ano anterior eu descobri no dia em que iríamos comprar as passagens que meu passaporte estava vencido. Oops!

A maioria das pessoas talvez pense automaticamente em templos budistas, kimonos, cerimônias do chá e monte Fuji ao imaginar a terra do sol nascente. Já eu penso nessas coisas também, mas só depois de pensar em letreiros luminosos, gothic lolitas e Harajuku girls, gadgets adoráveis, tempura e tonkatsu, cafés temáticos, mochis coloridos, miniaturas, Hello Kitty, J-pop e Blythes, Pullips, BJDs… Tóquio é a minha idéia de Disney. Passei a oportunidade de visitar a casa do Mickey quando adolescente porque sabia que Tóquio ia ser muito melhor. Eu nunca fui à Disney depois dessa oportunidade perdida, mas algo me diz que eu não estava errada. Eu amei tanto aquela cidade que depois de uma semana tive que conjurar coisas como saudades da minha cama, do meu banheiro e da minha gata para conseguir me arrastar até o aeroporto e voltar para casa. Na maior parte do tempo a situação era I NEVER EVER EVER WANT TO LEAVE!, nível colocar “procurar imóveis para alugar em Tóquio” nos lembretes do iPhone. Nem o preço e o tamanho dos apartamentos me fez desistir.

Então eu vou me desculpando com quem esperava um relato cheio de paisagens bucólicas e dragões de pedra, mas a vibe aqui vai ser Modern Japan - ou GYARU GOING WILD ON CANDIES. ♥ Não tivemos tempo de ir a Kyoto, mas na próxima viagem ficaremos o dobro do tempo para caber um shinkansen (o famoso trem bala) e ir conhecer o countryside. E iremos mais tarde, em meados de Novembro, porque o outono japonês demora um pouco mais para pegar força na peruca e semana passada a maioria das árvores ainda estava verdinha… Não ligo muito para o hanami (o festival das cerejeiras em flor, na primavera) porque temos bastante cherry blossoms na Inglaterra também; já os maples japoneses vermelhinhos… Por outro lado, ter ido em Outubro nos permitiu testemunhar o halloween craze e é divertido ver o quanto os japoneses aparentemente se empolgam com esse feriado tão “importado” e afastado da cultura deles. Vi muito mais displays de halloween em Tóquio do que em Londres.

Disclaimer rápido: os meus relatos de viagem são apenas uma maneira de guardar imagens (a maioria de celular, porque equilibrar câmera pesada E sacolas is not the one) e momentos vividos, e não fazer um “guia turístico” ou ter a pretensão de mostrar “como o Japão e os japoneses são” - eu sempre reviro os olhos quando vejo blogs de viagem fazendo isso porque afinal a gente passa uns DIAS no país e não sai de lá apto a escrever enciclopédias sobre cultura e comportamento. O que vocês vão ver aqui é a minha impressão e as coisas que eu apreciei; as suas podem ser diferentes, então não tomem por lei nada que eu disser e, se alguma bobagem for dita, agradeço que me corrijam, okie? Good.



As coisas não começaram muito bem, não. Respectivo me acordou cedo, mas negligenciou de me contar que teríamos que sair em uma hora. Dei uma lesmada na cama, fui ao banheiro, analisei a situação do que ainda teria que terminar de pôr na mala e só quando ele anunciou “TRINTA MINUTOS PARA SAIR!” eu me dei conta de que OH, SHIT! Resultado: saímos de casa meia hora atrasados, o que foi suficiente para pegar todo o engarrafamento matinal da M25 e da North Circular. Foi uma viagem longa e tensa até o aeroporto, cheia de buscas desesperadas por atalhos e Respectivo nervoso, berrando a cada 20 segundos “I DON’T THINK WE’RE GOING TO TOKYO!” e eu tão chocada pela possibilidade que nem conseguia chorar.

Chegamos em Heathrow no exato momento em que o vôo fechava. Só não desesperei porque há meia hora estava me acostumando com a idéia de que iria perdê-lo. Fomos para o balcão de atendimento ao consumidor e é nessas horas que eu dou graças a Mun-rá pela British Airways; fomos prontamente realocados no vôo da tarde para Narita, sem custo extra, sendo que a companhia não tinha a menor obrigação de fazer isso (estávamos inclusive usando milhagens). Agradecimentos à BA por tratar seus clientes com empatia e compreensão ao invés de apenas fontes ambulantes de dinheiro (hello, FlyBe e Ryanair).



Esse foi o café da manhã MAIS RELAXANTE da história da humanidade. Depois de todo aquele thriller, sentar pra comer esses teacakes tostadinhos com manteiga e geléia + um latte cremoso foi o mais perto que eu já estive do paraíso enquanto sentada num pub de aeroporto. Fizemos uma horinha perambulando pelo duty free (quem diria que depois de toda aquela correria a gente ia acabar tendo tempo pra matar? Até comprei uma mochila Cath Kidston super levinha e que se provou super útil na viagem) aguardando a hora de fazer o check-in. O avião decolou pontualmente no começo da tarde e 12 horas depois descemos em Tóquio - no final da manhã. Haja jet lag…



Primeiro contato com um “washlet”, o vaso sanitário ninja que lava suas partes (frontal e traseira) e em alguns casos até seca e desodoriza. PRIMEIRO MUNDO OR WHAT? O “som” é um barulhinho fake de descarga, porque as japonesas aparentemente costumam ter vergonha dos barulhinhos ocasionais que a gente faz no trono e acabavam dando a descarga o tempo todo para disfarçar, desperdiçando água no processo. Daí temos esse botãozinho mágico que faz só o barulho, resolvendo o momento awkward de maneira ecológica. Não é lindo?



Primeiro display de “fake food”, ainda no aeroporto.

Depois de recebermos orientação (em inglês) de uma simpática funcionária do aeroporto, pegamos um Skyliner Express direto para o centro, o que levou menos de 40 minutos em absoluto conforto vendo casinhas, rios, florestas e montanhas pelo caminho. Descemos na estação de Nippori e de lá pegamos uma conexão para Akihabara, onde ficava o nosso hotel. Uma das primeiras visões que se tem da área é o IMENSO prédio da Yodobashi, uma loja de departamentos tamanho mamute com oito andares (sem contar os subterrâneos) de informática, eletrônicos, celulares, eletrodomésticos, beleza, papelaria e brinquedos, coberta de letreiros e led displays luminosos na fachada. Foi ali que a ficha de que eu estava mesmo em Tóquio começou a cair. Nosso hotel ficava logo ali pertinho da Yodobashi e da estação de Akihabara. :)

Várias pessoas me aconselharam a não perder tempo nesse distrito, conhecido por seus outlets de eletrônicos; e como eu não estava a fim de comprar iPads ou câmeras quase evitei, mesmo. Porém a cidade estava lotada e não havia vagas de hotéis nas áreas que queríamos (só os muito caros tinham disponibilidade) e o APA Akibahara-Ekimae foi o mais “barato” e centralmente localizado que encontramos - com direito a wi-fi no quarto.

Surpresa: ter ficado ali acabou sendo a melhor coisa, porque Akihabara é totalmente a Tóquio que eu esperava e queria (até rimou): colorida, agitada, ruas cheias de gente jovem circulando até tarde, restaurantes, bares, cafés (incluindo muitos “maid cafés”; falamos disso em breve), livrarias, LOJAS DE BRINQUEDO ♥ e de videogames vintage, de anime/mangá, model kits e todas as tralhas/cacarecos japoneses que fazem meuzolhinhos brilharem. Pra quem é da tribo otaku, ou geek, ou ainda interessado em cultura pop japonesa, Akihabara não é nada menos que um ponto de peregrinação obrigatório. Para ter uma idéia tinha uma loja da Volks e outra da Azone a alguns minutos do nosso hotel. MONEY PITS, EVERYWHERE. :/ Obviamente percebe-se que eu só entrava no hotel pra dormir…



Anime por toda a parte. Cavaleiros do Zodíaco no trem:



Outra vantagem é que Akihabara está na JR Yamanote, uma linha de trem circular que cobre diversas áreas centrais de Tóquio. Em meia hora eu estava em Harajuku/Omotesando, por exemplo, sem ter que trocar de trem e pagando apenas 190 yens. Result! Em se tratando de transporte muitas vezes eu optava pelo caminho mais simples (sem baldeação) mesmo que fosse um pouco mais longo, porque entender o sistema de transporte pode levar tempo. Não existe apenas uma companhia de metrô, como em Londres ou o Rio; existem várias e cada uma cobra um valor diferente, que também muda de acordo com a distância do trajeto. Sem mencionar os trens, que partem das mesmas estações. E como todos os mapas com preços são em japonês, você acaba ficando no escuro e tendo que fazer malabarismo para descobrir o valor necessário a pagar. Então digamos que a Yamanote foi uma mãe quando podíamos usá-la. :)



Seguuuuuuuuuuuuuuuuuuuura, peão!!!

Não existem zonas de preço claramente demarcadas (em mapinhas em inglês…) para ajudar o turista. Para facilitar você pode comprar um passe diário (que é meio caro; cerca de 10 libras) mas permite ao turista usar todas as linhas de metrô e trem em todas as zonas, sem stress. Sinceramente? Pra quem vai fazer vários lugares no mesmo dia vale o preço, porque economiza tempo e o stress em lidar com um sistema que não é exatamente “tourist friendly”. Táxis estão disponíveis; não achei extremamente caros mas também não são baratos, e com os engarrafamentos comuns na cidade podem acabar custando uma fortuna. Pegamos uma vez só, para cobrir uma distância pequena, e saiu o mesmo preço do bilhete diário “all areas”. No brainer.

Deixamos as malas com a simpática mocinha da recepção (ainda não era hora de fazer check in) e fomos esticar as pernas e reconhecer a área. Primeiro passo foi dar uma fuçada rápida no shopping que fazia parte da estação e também na Yodobashi, já que ela estava ali mesmo…



Pessoa nem vai comprar câmera, mas resistir, quem há de?



Nesse momento acima, enquanto me afogava em centenas de fitas adesivas de papel washi, eu lembrei dazamyga fãs de scrapbooking e FBs e RIALTO. De nervoso. So many options, so little time…



Pra quê colocar uma modelo ou celebridade sem graça na embalagem da sua tinta de cabelo se você pode colocar uma BLYTHE, não é mesmo, minha gente? ♥

E chega então aquela hora tão feliz de encher o bucho. Assim que entramos num restaurante, TODO o staff (até o pessoal da cozinha) começou a berrar alegremente em japonês e eu levei uns segundos para entender que estávamos sendo saudados. Aparentemente é hábito que os fregueses sejam recebidos dessa forma (os decibéis e o tamanho do coral variam de acordo com o estabelecimento) como forma de demonstrar que estão sendo reconhecidos e valorizados. Quando você vai embora a gritaria se repete. Um amor. ♥

Recebemos nossos menus (em inglês!) e copos de água com gelo: também é hábito prover a mesa com refis de água gelada grátis e aquelas toalhinhas umedecidas em água quente, para que as pessoas limpem as mãos. Assim que fizemos a nossa escolha tocamos uma campainha para chamar a atenção do atendente, que veio CORRENDO em nossa direção. O pessoal é atencioso sem ser pegajoso; servem de forma eficiente e educada, sem ficar se arrastando em frente à mesa perguntando se “está tudo bem”, se você “já terminou” ou enchendo a seu copo sem que você peça - o que eu particularmente detesto. Não é comum dar gorjetas no Japão, então ninguém tem que fingir puxar o seu saco por causa de grana. A atenção com que você é servido é genuína.



Primeira refeição completa na área, um belo prato de tonkatsu (porco empanado cortado em tirinhas) ao molho curry com arroz japonês. Estava delicioso e o prato custou cerca de 6 libras (20 reais). Tomamos também uma cerveja Kirin. Só me arrependi de ter comido todo o arroz, porque já não estava tão acostumada a ingerir carboidratos em grande quantidade e me senti pesada. Não foi culpa da comida, no entanto, e eu recomendo a CoCo Ichibanya Curry House: não é um lugar “sofisticado”, tem clima de boteco, mas você será extremamente bem atendido e o menu em inglês com fotos é bônus em qualquer lugar. :) Ou então você poderá examinar réplicas perfeitas do que está disponível no restaurante já na própria vitrine, se houver um display como esse aqui (que estava na entrada de um maid café local):



Essas “panquecas” abaixo também era super populares, mas juro que não as entendi. Pareciam fatias de pão de forma empilhadas, com coberturas diversas de sorvete, chantilly, frutas, mel e biscoito. Talvez sejam brioches, mas o ponto é: depois que você come a fatia de cima, tem que comer as de baixo puras, sem nada? Eles dão mais chantilly? Mistério para ser solucionado numa próxima visita à cidade, porque nessa não sobrou barriga para isso tudo aí não. (o preço das panquecas começava em 17 reais)





Por falar em menu/comida nós não tivemos muitos problemas. Alguns lugares têm menu em inglês, mas a maioria tem apenas a versão em japonês com fotos; é olhando pra elas que você escolhe, e é apontando que você pede a comida. Não é tão awkward como parece, os atendentes parecem estar habituados.

Devo dizer que fiquei positivamente chocada com a altíssima qualidade do atendimento no Japão. Não somente em restaurantes, mas em qualquer estabelecimento, pequeno ou grande. Você entra e é saudado, você pede alguma coisa e eles entendem e correm pra atender, você leva a mercadoria para pagar e o caixa sorri e fala com você o tempo inteiro (você não vai entender nada, apenas retribuir o sorriso e balançar a cabeça, mas é fofo), depois aponta graciosamente com as duas mãos o valor a pagar na tela da máquina registradora, entrega o seu troco e a mercadoria também com as duas mãos e uma reverência. Não importa se você comprou um laptop ou um rolinho de fita adesiva, o tratamento é exatamente o mesmo. Retribua tanta gentileza com o mínimo: não esqueça o konichiwa (olá), o sumimasen (com licença) e o domo arigato (muito obrigado). Sorria sempre, e se mandar uma reverênciazinha com a cabeça então… ganhou, playboy. NADA será um problema e eles farão o que puderem para atendê-lo bem. Senti que as pessoas, ao contrário do que acontece em vários lugares do mundo, não demonstram ter vergonha ou ressentimento por servir. Muito pelo contrário.



A cidade também possui vários estabelecimentos como esse aí em cima; mini-botecos que consistem apenas de um balcão (atrás do qual o cozinheiro prepara a comida) e uns quatro ou cinco banquinhos para os clientes. Geralmente ficam próximos a estações de trem e a rotatividade é grande: você deve comer e sair para liberar o lugar; nada de conversinha, outra cerveja ou um café. O preço costuma ser mais em conta; tinha prato completo incluindo a sopinha misô por 500 yens (cerca de 11 reais) e se você não se incomoda com a relativa falta de conforto e nem com a certeza de que NÃO vai encontrar menu em inglês (vai ser difícil TER menu… aponte pras fotos na parede) é uma excelente opção pra comer bem e pagar pouco. Nós até quisemos provar algumas coisas, mas infelizmente estamos velhos demais pra comer encarapitados num banquinho, com luz forte e vapor de cozinha na cara… Fica pra próxima.

E lá fomos nós queimar as calorias do curry saracoteando pela night iluminada e multicolorida de Akihabara… J-pop em alto volume saindo das lojas, adolescentes abraçados a travesseiros no formato de heroínas peitudas de anime tentando pescar brindes em maquininhas eletrônicas, gente cantando em karaokês, bares onde se pode jogar RPG nas mesas despejando pelotões de meninos nerds e fofos pelas calçadas carregados de sacolas contendo mangás ou indo para a Super Potato jogar videogames vintage - Virtual Boy, anyone? :) Tem até um Gundam café!







Aí em cima temos os letreiros na entrada da Maidreamin’, um dos vários “maid cafés” que se espalham por toda a parte. As mocinhas ficam na calçada vestidas de “governantas francesas” distribuindo folhetos para os passantes, convidando-os a entrar. Elas são todas mignon, parecem bonequinhas de anime, falam com voz fininha e são adoráveis; a vontade de pegar meia dúzia delas, enfiar na mala e levar pra casa beira o irresistível.

Ao entrar você encontra um café como qualquer outro, só que as mocinhas vestidas de maids (iguais às que estavam lá fora atraindo a clientela) vão fazer dancinhas, te chamar de senhor ou senhora, sentar na mesa para conversar, desenhar bichinhos na espuma do seu cappuccino com cobertura de chocolate, enfim… fazer o cliente se sentir importante e desfrutar da companhia de uma moça alegre e bonita que vai tratá-lo bem. Meio machista, mas enfim, I won’t judge. Todo mundo parece estar se divertindo. Os meninos, claro, não podem tomar liberdades ou sequer tocar qualquer parte do corpo das moças; tudo acontece num ambiente descontraído, porém de absoluto respeito. Eu achei que as maids são as equivalentes modernas e mais low profile das tradicionais gueixas, voltadas para o mercado “adolescente otaku” ao invés dos ricos executivos que podem pagar pelas companhia das belas mulheres que treinam música, dança e entretenimento por anos e anos.

Decidimos tomar uma cerveja e fomos parar no Tofuro, um restaurante de culinária edo que ficava quase ao lado do hotel. Cervejinha estilo lager delícia, feita por eles mesmos, e esse pratinho cortesia com umas coisas que eu estou tentando identificar até hoje… Reconheci algas, notei a bolinha verde que parecia ervilha (gosto levemente diferente, no entanto) e algo vermelho que lembrava uma goji berry. As coisas que pareciam ser carne eu não faço a menor idéia do que sejam. Mas como era cortesia e tava gostoso, peguei os meus hashis e mijoguei.



Depois de passar alguns minutos mesmerizada com a “cabeça de peixe falante” no cartaz abaixo, resolvi pedir uma outra bebida. Era uma espécie de licor de morango com leite e estava muito gostoso - só que não havia traço de álcool no licor. Vai ver eu entendi errado e nem era licor e sim syrup. Whatever. Down in one… gulp!



Well, por hoje é só! Em breve (I hope) a segunda parte da mini-maratona oriental da Lolla Moon. :)

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