Lamento pela minha ausência nesse sítio virtual, mas é que impera por essas bandas uma imensa falta de vontade. Falta de vontade de internet, mais especificamente, mas também falta de vontade de uma imensidão de coisas de modo geral. Um daqueles surtos esporádicos de apatia que, se por um lado significa menos vontade de realizar coisas, por outro significa mais tempo disponível para apreciar as que já estão prontas - inclusive para diminuir a pilha de livros por ler e DVDs por assistir. :)
Mas continua a vontade de gastar dinheiro e outro dia eu achei essa canequinha original Cath Kidston por duas libras na Home Sense, e meus cafés da manhã ficaram mais coloridos:
Os biscoitinhos são sugar free. :)
A primavera desse ano começou ontem e hoje já pude sentar no jardim, a grama crescida por conta das temperaturas subindo mas nem tão alta ainda por conta da estiagem. Fiquei largada lá com um livro e o celular, lagarteando ao sol e lendo as novidades do mundo via Facebook - outra rede social que estou seriamente considerando abandonar por conta do spam de bobagens. Mas foi lá que eu descobri que o Playcenter ia fechar (há controvérsias acerca dessa informação). O Tivoli Park do Rio encerrou atividades em algum ponto dos anos 90, deixando para trás a lembrança de tardes de sábado dentro do Chevette do pai de uma amiga cruzando a Avenida Brasil em direção à Zona Sul, ouvindo a Transamérica FM em estado de antecipação histérica. Quase melhor do que o parque em si.
Na viagem para o Playcenter minha mãe chorou ao descer do ônibus, tendo mentido para a mãe neurótica da coleguinha que me acompanhava que ela também iria no passeio: “Ela pegou a minha mão e me fez prometer que eu cuidaria da filha dela como se fosse a minha”, choramingava mamãe, e eu e a coleguinha rindo porque, afinal de contas, tudo o que a gente queria era se divertir numa excursão com gente da nossa idade - dificilmente muito a se pedir aos dezessete anos. O frio de sampa (nove graus), inédito para os nossos dedinhos cariocas, congelou as articulações e eles se tornaram inúteis na hora de sacar da bolsa as moedas necessárias pra pagar o fliperama. O menino bonito da turma viajou junto e eu tentei apresentá-lo à tal coleguinha, já que se eu não ia ter mesmo aquela sorte que pelo menos minha amiga tivesse. Falta de auto estima mascarada de generosidade, taí a minha adolescência resumida em uma atitude.
A coleguinha acabou contando a verdade para a mãe e paramos de nos falar quando ela conseguiu um emprego e namorado fixo. Me pergunto se ela um dia cumpriu sua parte na nossa promessa, feita ao fim do passeio, de voltarmos ao Playcenter um dia. Eu, pelo menos, nunca mais voltei.
Outro dia me perguntaram se eu costumava ouvir rádio aqui.
Atualmente bem pouco. De vez em quando a Absolute, mas quase sempre são as playlists do 8tracks, ou faixas escolhidas no Spotify ou Groveshark que me fazem companhia. Eu ouço música com bastante frequência; todos os dias, eu acho. Um dia sem música é um dia desperdiçado. Já tive várias fases, desde deixar rolando como trilha sonora, sem prestar muita atenção, até sentar no escuro absorvendo cada nota, arranjo e frase de uma música favorita. Quando eu era criança gostava de sentar numa rede que tínhamos na varanda e passar a tarde inteira ali, usando a rede como se fosse um balanço (meus pés quase batiam no teto) e cantando junto com o rádio.
Eu gostava de ouvir rádio no Brasil. Não sou da "geração Napster"; quando música começou a ser encarada como algo que você pega de graça quando quiser como se fosse folheto de supermercado eu já estava na casa dos 20 anos. A seleção de músicas de fundo para a minha primeira infância dependeu do gosto musical um tanto quanto errático dos meus pais. Eu ouvia os discos que eles tinham em casa, uma seleção eclética que incluía Secos & Molhados, trilhas de novela, Bezerra da Silva, Saturday Night Fever e os Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Rio de Janeiro de 1977. Num momento eu ouvia encantada os versos de Rosa de Hiroshima (alheia à perversidade do evento que estava sendo descrito ali de forma tão poética) e no momento seguinte cantarolava Malandragem Dá Um Tempo sem entender muito bem o que estava sendo enrolado ou acendido na letra. E imaginava o dia em que, assim como a Yvonne Elliman, eu poderia dizer para alguém que "if I can't have you, I don't want nobody, baby". Só que não diria, é claro. Essa tal de Yvonne dava muita bandeira e eu ia ser cool. Rárá.
E aí eu descobri o rádio e tudo mudou. Eu podia ouvir rock o dia inteiro na saudosa Fluminense FM, pop na já citada Transamérica e flashbacks dos anos 50, 60, 70 e 80 na Rádio Mundial AM - programa "Jovem Também Tem Saudade" (y u so brega). Jovem? Eu só tinha oito anos e já sentia saudades doloridas de bandas que deixaram de existir décadas antes de eu nascer.
A partir dali o céu era o limite. Ou melhor, o limite era a vinheta que anunciava o começo da Voz do Brasil, às sete da noite. "Em Brasília, dezenove horas" dizia a voz cavernosa do locutor, que depois foi substituído por um cara mais animadinho e eu odiei (e quando eles deram um "arranjo tropicalista" ao Guarani de Carlos Gomes? Essas coisas deviam ser proibidas, sei lá). "Hora de desligar o rádio", todo mundo dizia e eu concordava. Hora de desligar o rádio, tomar banho e ir assistir a novela esperando o jantar.
Sinto falta dessas rádios (e tantas outras) que ou encerraram atividades ou mudaram completamente com o passar dos anos. Algumas foram compradas por igrejas evangélicas. É claro que entendo perfeitamente que o mundo se transforma e as pessoas, por razões óbvias, migraram para a internet. Aqui elas podem ouvir o que realmente querem quando quiserem, ao invés de ter lixo enfiado goela abaixo pelas gravadoras que compram jabá e forçam os DJs a tocarem porcarias pré-fabricadas. Mas é pena, porque rádios nem sempre foram assim tão ruins e nem precisam ser. Minhas rádios favoritas me permitiram conhecer minhas bandas preferidas e me apaixonar por elas. Serei eternamente grata. :)
De certa maneira acho que tive sorte por ter crescido numa época diferente, por poder ter experimentado a alegria inesperada de reconhecer os primeiros acordes da música mais bonita do mundo daquela semana começando a tocar no rádio e correr para ouvir, ao invés de apenas digitar preguiçosamente o nome da faixa no YouTube e dar quantos reloads quiser. Fácil demais. Ou então passar a tarde plantada do lado do rádio, com a fita k-7 no deck e as teclas REC e PAUSE a postos, esperando para gravar uma música - torcendo para que ela tocasse inteira sem que o locutor começasse a falar besteira no fim. Ou até mesmo conseguir gravar só um pedacinho de uma canção "rara" que quase nunca tocava, e passar dias dando rewind e play naqueles 20 segundos, inalando cada nota daquele tesouro sonoro como se fosse oxigênio até que a fita arrebentasse.
Adoro as facilidades de hoje, mas me sinto privilegiada por poder ter tido as duas experiências.
Torrent é para os fracos. ;)
♫ Spring - Tracy Chapman
Mas continua a vontade de gastar dinheiro e outro dia eu achei essa canequinha original Cath Kidston por duas libras na Home Sense, e meus cafés da manhã ficaram mais coloridos:
Os biscoitinhos são sugar free. :)
A primavera desse ano começou ontem e hoje já pude sentar no jardim, a grama crescida por conta das temperaturas subindo mas nem tão alta ainda por conta da estiagem. Fiquei largada lá com um livro e o celular, lagarteando ao sol e lendo as novidades do mundo via Facebook - outra rede social que estou seriamente considerando abandonar por conta do spam de bobagens. Mas foi lá que eu descobri que o Playcenter ia fechar (há controvérsias acerca dessa informação). O Tivoli Park do Rio encerrou atividades em algum ponto dos anos 90, deixando para trás a lembrança de tardes de sábado dentro do Chevette do pai de uma amiga cruzando a Avenida Brasil em direção à Zona Sul, ouvindo a Transamérica FM em estado de antecipação histérica. Quase melhor do que o parque em si.
Na viagem para o Playcenter minha mãe chorou ao descer do ônibus, tendo mentido para a mãe neurótica da coleguinha que me acompanhava que ela também iria no passeio: “Ela pegou a minha mão e me fez prometer que eu cuidaria da filha dela como se fosse a minha”, choramingava mamãe, e eu e a coleguinha rindo porque, afinal de contas, tudo o que a gente queria era se divertir numa excursão com gente da nossa idade - dificilmente muito a se pedir aos dezessete anos. O frio de sampa (nove graus), inédito para os nossos dedinhos cariocas, congelou as articulações e eles se tornaram inúteis na hora de sacar da bolsa as moedas necessárias pra pagar o fliperama. O menino bonito da turma viajou junto e eu tentei apresentá-lo à tal coleguinha, já que se eu não ia ter mesmo aquela sorte que pelo menos minha amiga tivesse. Falta de auto estima mascarada de generosidade, taí a minha adolescência resumida em uma atitude.
A coleguinha acabou contando a verdade para a mãe e paramos de nos falar quando ela conseguiu um emprego e namorado fixo. Me pergunto se ela um dia cumpriu sua parte na nossa promessa, feita ao fim do passeio, de voltarmos ao Playcenter um dia. Eu, pelo menos, nunca mais voltei.
Outro dia me perguntaram se eu costumava ouvir rádio aqui.
Atualmente bem pouco. De vez em quando a Absolute, mas quase sempre são as playlists do 8tracks, ou faixas escolhidas no Spotify ou Groveshark que me fazem companhia. Eu ouço música com bastante frequência; todos os dias, eu acho. Um dia sem música é um dia desperdiçado. Já tive várias fases, desde deixar rolando como trilha sonora, sem prestar muita atenção, até sentar no escuro absorvendo cada nota, arranjo e frase de uma música favorita. Quando eu era criança gostava de sentar numa rede que tínhamos na varanda e passar a tarde inteira ali, usando a rede como se fosse um balanço (meus pés quase batiam no teto) e cantando junto com o rádio.
Eu gostava de ouvir rádio no Brasil. Não sou da "geração Napster"; quando música começou a ser encarada como algo que você pega de graça quando quiser como se fosse folheto de supermercado eu já estava na casa dos 20 anos. A seleção de músicas de fundo para a minha primeira infância dependeu do gosto musical um tanto quanto errático dos meus pais. Eu ouvia os discos que eles tinham em casa, uma seleção eclética que incluía Secos & Molhados, trilhas de novela, Bezerra da Silva, Saturday Night Fever e os Sambas de Enredo das Escolas de Samba do Rio de Janeiro de 1977. Num momento eu ouvia encantada os versos de Rosa de Hiroshima (alheia à perversidade do evento que estava sendo descrito ali de forma tão poética) e no momento seguinte cantarolava Malandragem Dá Um Tempo sem entender muito bem o que estava sendo enrolado ou acendido na letra. E imaginava o dia em que, assim como a Yvonne Elliman, eu poderia dizer para alguém que "if I can't have you, I don't want nobody, baby". Só que não diria, é claro. Essa tal de Yvonne dava muita bandeira e eu ia ser cool. Rárá.
E aí eu descobri o rádio e tudo mudou. Eu podia ouvir rock o dia inteiro na saudosa Fluminense FM, pop na já citada Transamérica e flashbacks dos anos 50, 60, 70 e 80 na Rádio Mundial AM - programa "Jovem Também Tem Saudade" (y u so brega). Jovem? Eu só tinha oito anos e já sentia saudades doloridas de bandas que deixaram de existir décadas antes de eu nascer.
A partir dali o céu era o limite. Ou melhor, o limite era a vinheta que anunciava o começo da Voz do Brasil, às sete da noite. "Em Brasília, dezenove horas" dizia a voz cavernosa do locutor, que depois foi substituído por um cara mais animadinho e eu odiei (e quando eles deram um "arranjo tropicalista" ao Guarani de Carlos Gomes? Essas coisas deviam ser proibidas, sei lá). "Hora de desligar o rádio", todo mundo dizia e eu concordava. Hora de desligar o rádio, tomar banho e ir assistir a novela esperando o jantar.
Sinto falta dessas rádios (e tantas outras) que ou encerraram atividades ou mudaram completamente com o passar dos anos. Algumas foram compradas por igrejas evangélicas. É claro que entendo perfeitamente que o mundo se transforma e as pessoas, por razões óbvias, migraram para a internet. Aqui elas podem ouvir o que realmente querem quando quiserem, ao invés de ter lixo enfiado goela abaixo pelas gravadoras que compram jabá e forçam os DJs a tocarem porcarias pré-fabricadas. Mas é pena, porque rádios nem sempre foram assim tão ruins e nem precisam ser. Minhas rádios favoritas me permitiram conhecer minhas bandas preferidas e me apaixonar por elas. Serei eternamente grata. :)
De certa maneira acho que tive sorte por ter crescido numa época diferente, por poder ter experimentado a alegria inesperada de reconhecer os primeiros acordes da música mais bonita do mundo daquela semana começando a tocar no rádio e correr para ouvir, ao invés de apenas digitar preguiçosamente o nome da faixa no YouTube e dar quantos reloads quiser. Fácil demais. Ou então passar a tarde plantada do lado do rádio, com a fita k-7 no deck e as teclas REC e PAUSE a postos, esperando para gravar uma música - torcendo para que ela tocasse inteira sem que o locutor começasse a falar besteira no fim. Ou até mesmo conseguir gravar só um pedacinho de uma canção "rara" que quase nunca tocava, e passar dias dando rewind e play naqueles 20 segundos, inalando cada nota daquele tesouro sonoro como se fosse oxigênio até que a fita arrebentasse.
Adoro as facilidades de hoje, mas me sinto privilegiada por poder ter tido as duas experiências.
Torrent é para os fracos. ;)
♫ Spring - Tracy Chapman
Que nostalgia esse post. O pior é que eu também ficava feito doida ao lado do rádio, esperando aquela música. E quando você perdia o comecinho ou a fita tava no final e você não conseguia gravar inteira? Dava uma agonia. Era hora de ficar mais cinco horas até tocar de novo... Oh tempo bom que não volta mais.
ReplyDeleteEu também estou com quase 50 filmes pra ver e 3 livros pra ler. Acho que pensamos que um dia não vamos mais poder sair de casa e vamos ter algo pra nos distrair...rs!
ReplyDeleteQueria muito ter uma bonequinha destas, mas custam tão caro!
Beijos
Olá, te sugiro a rádio paradise.com que é feita por gente de verdade e tem uma seleção bem bacana. Bj! Lu.
ReplyDeleteAmei o post! Lembrei de mil coisas (o Napster apareceu quando eu tinha 16 e ainda aproveitei - se é que cabe dizer assim - a vida analógica). Lembrei que nessas tardes em que eu esperava a música preferida tocar no rádio para gravar em K7 e fazer mixtapes de festinhas, descobri que se eu falasse bem pertinho dos speakers enquanto o REC estivesse pressionado, a minha própria voz entrava na gravação. Ou seja, a coisa toda virava um karaokê! Foi assim que eu consegui - da minha maneira - realizar o sonho de ser a sexta Spice Girl. Hahahaha! Obrigada por me fazer lembrar.
ReplyDeleteHaha .. nossa quando li sobre ficar o dia todo com o dedo no REC e Play pra tentar gravar aquela música... viajei no tempo. Era bom demais isso. Eu fazia a mesma coisa. Depois ficava voltando a musica sem parar. Saudade...
ReplyDeleteEu poderia, perfeitamente, copiar o primeiro parágrafo do teu texto e dizer que é meu... Ai, ai!
ReplyDeleteAdorei a nostalgia do texto...
É verdade que há uma grande facilidade hoje que nos permite maior conhecimento musical e tal. Mas eu gosto de escutar rádio. É algo tão bom... Lembro quando ficava esperando 'aquela' música tocar apenas para gravá-la. E quando tocava eu fazia um escândalo! haha Não sou velha (na verdade, sou bem nova) mas passei por isso. Sinto meio que falta disso, sabe? Enfim, nostalgia feelings. ;)
ReplyDeleteÉ isso que Radio GaGa (Queen) fala. Sobre o rádio e como ele foi deixado de lado pela tecnologia.
Bjo!
Lolla!! Hahaha super ficava até tarde da noite com o dedo no rec para gravar a música da vez (pois era a hora que tinha menos comercial)... E quantas vezes não acabei dormindo sem conseguir gravar A música... hahaha... Adorei o post... como sempre, by the way. Beijos e ânimo para todas nós.
ReplyDeleteah lolla... eu me vi nas suas palavras. não que eu me sinta velha (nem queira dizer que vc o é, por favor), mas essas sensações com relação às músicas do rádio eu tbm vivi, e a sensação é de que foi em outro tempo, em outra vida. que saudosismo me acometeu agora...
ReplyDeleteAh quantas musicas gravadas pelas metades, e os 20 segundos que foram ouvidos por hoooooooooras e horas sem parar!
ReplyDeleteAbraços
Eu tenho uma lembrança ótima do rádio. Eu e meu irmão, nessa época, não dividíamos mais o quarto. Nós tínhamos rádio relógio que ficava sempre sintonizado na "rádio rock" e, o que embalava nosso sono era o programa naftalina. Lembro que todos os dias, na mesma hora, tocava "to be with you" do Mr. Big. Meu irmão acordava e ia correndo, chegava sem fôlego ao meu quarto me acordar pra saber se eu sabia que música era aquela. Mas ele sempre acordava nos momentos finais da música e tudo que eu consegui ouvir era um quarto de nota. hahahaha... Foi difícil descobrirmos que música era aquela!!!
ReplyDeleteFitas k-7. hahahahaha que saudade!!!!
Nossa, esse post é mesmo a cara da minha pré-adolescência no meio dos anos 90. Pode parecer meio saudosista da minha parte, mas foi uma época muito boa. É a mesma época e emoção de se conhecer as bandas novas na MTV UHF...
ReplyDeleteBeijos e tudo de bom para vc!
Diria "que pena" eu não ter vivido tal experiência, mas é hora de criar outras.Além do mais, tenho uma preguiça disfarçada.15:15
ReplyDeleteAcho que isso foi bem típico da adolescência da nossa geração. Adorava minhas fitas, ficava colada no rádio esperando a música preferida tocar (e ficava torcendo pro locutor não falar em cima) mas nada como a facilidade dos dias de hoje! ;-)
ReplyDeleteFiz um post sobre as saudosas fitas cassetes em 2010 - http://www.ilafox.com/2010/11/saga-das-fitas-cassetes.html
fora as letras de músicas, que a gente só conseguia tirando de ouvido, em revistas ou em folhetos de curso de inglês.
ReplyDeleteLollinha linda!
ReplyDeleteSeu primeiro parágrafo poderia ser reproduzido ipsis literis no meu empoeirado blog.
Suas fotos, encantadoras como sempre. E como me identifico com a sua juventude musical analógica. Até hoje não tive coragem de me desfazer das fitas cassetes com as músicas que eu gravava da Rádio Cidade e da Fluminense. Um tempão a postos pra apertar o rec na hora certa e perder poucos segundos das nossas novas descobertas. De vez quando as ouço enquanto corro na esteira (ou seja, quase nunca).
Mudando de assunto, em Setembro desembarco aí na sua terra. Será que a gente se esbarra num pub?
Besitos!
Lolla, eu continuo curtindo radio. MPB Brasil é TDB. Adorei sua nostalgia!
ReplyDeleteUm dia sem música é um dia desperdiçado.
ReplyDeletecaraca, e é mesmo. curti, lolla :)
Eu sou metida a concurseira (estou num limbo profissional...) e metida a achar que tenho alguma vida social. Por isso, às vezes eu não consigo apreciar coisinhas assim: uma xícara colorida com um detalhe lindo e interessante no pé, em cima de um pratinho com bolachinhas, pra levar pra perto de uma janela e ler algum livro.
ReplyDeleteLolla, oversharing agora, mas o único tempo que eu tenho atualmente pra ler livros é quando vou ao banheiro. Agora adquiri um smartphone na esperança de não perder contato com meus amigos (a maioria é de japoneses e todos voltam pra lá um dia).
Mas enfim. O que eu queria dizer é que essa fase apática nos beneficia de uma forma individual. No seu caso, foi para apreciar coisas simples e refletir. O que é muito bom. Nem sempre a apatia é negativo, é só saber expremer a felicidade que ela pode trazer.
Esperava o dia inteiro ao lado do rádio pra gravar as músicas, e quantas vezes a bendita fita enroscava ou estava no final e eu não percebia. Aí batia o desespero e corria feito louca pra por do outro lado ou retirar do gravador e enrolar com a caneta. Agora é lastimável terem acabado com a 89, a tão amada "Rádio Rock". Adorava o Arquivo do Rock, e a música que mais me remete a esse programa é Born of Frustration da banda britânica James. Torrent é para os fracos!
ReplyDeleteSuas imagens são um deleite e vc escreve tão bem que encanta, gosto até mesmo das postagens "mal humoradas" que alguns reclamam, pois mostram que vc é humana e não tenta "dourar a pílula",além de me identificar nas mesmas, não abandone o blog, ele leva um sorriso ao rosto de muitos!
ReplyDeleteQuantos as rádios, também guardo boas lembranças, aqui na minha cidade a que eu mais gostava era uma que tinha "O Clube da Insônia" que como diz o nome tocava de madrugada e tocava músicas antigas, eu escutava no walkman, pois se escutasse num rádio comum levaria bronca por estar acordada até tarde, aliás amava levar o walkman para sala de aula e ouvir escondido colocando o cabelo por cima dos fones e o volume baixo na esperança do professor não perceber, acho que nunca perceberam....
ReplyDeleteE como a Ila Foz disse nos comentários :"adorava minhas fitas, ficava colada no rádio esperando a música preferida tocar (e ficava torcendo pro locutor não falar em cima) mas nada como a facilidade dos dias de hoje! ;-)", eu tb praticava essa técnica, gravei várias fitas com um rol de músicas amadas fazendo isso, hoje em dia é tão fácil... :D :D
ReplyDeletemeu deus, deu uma nostalgia agora! li a sua postagem ouvindo a música que citou 'if i cant have you' deu vontade de ter uma fita cassete de novo pra esperar uma música especial tocar e dar o 'rec'... ai ai.
ReplyDelete:)
Dedinho pronto pra apertar o REC, esperando "aquela" música tocar no rádio pra eternizar na fita K-7 (pra mim era cassete haha)... lembrança gostosa. Bj, Letícia R.
ReplyDeleteLolla,
ReplyDeleteobrigada por transformar uma memória tão simples em um texto tão bonito de se ler... Realmente, a nostalgia bateu forte agora, mas de um jeito bom!
Viver as duas experiências, como você disse, é um privilégio. Parabéns mais uma vez!
Beijo,
Débora
lindas imagens, estou tão feliz que recebi minhas primeiras Blythe em breve colocarei no meu blog
ReplyDeleteAdorei seu blog, parabéns ^.^
Quando der venha me conhecer e tomar um chá com cupcakes no meu bloguito, rs irei adorar ♥
beijos
AAAHH PLMDDS LEMBRA O NOME DA FLOR! meu namorado me deu, mas ele não sabia o nome dela. Aí queria pesquisar sobre ela pra saber como cuidar e tal, mas sem saber que flor é fica dificil :(
ReplyDeleteO penúltimo parágrafo me fez lembrar MUITO da minha adolescência. Foi assim, igualzinho!!! Hoje tudo é fácil demais. Beijão
ReplyDeleteFazia tempo que não entrava aqui, mas hj resolvi ler.
ReplyDeleteEra assim mesmo nos idos 80 e 90!!! Me alegro de pertencer ao periodo de transição (analógico - digital) e poder ter ambas experiências.
Adora tuas fotos de plantas. Adoro!
ass: eliza (essa vida de anônimo me mata)