Tuesday, July 26, 2011

Come back to Camden.
















































Camden ainda é, apesar da turistada, dos adolescentes espaçosos e da invasão dos chineses, um dos lugares mais, erm, “interessantes” para se comprar cacarecos na cidade. Fiquei chateada ao perceber que fecharam a filial da Artbox - mas enfim, sempre existe a internet. :)

Certa vez uma amiga se recusou a me acompanhar dizendo que “não ia a Camden porque não era mais uma pseudo gótica de 13 anos”. Ou seja, a pessoa claramente não passou da área dos camelôs, não curtiu o que viu, deu meia volta e entrou de novo no metrô.

Bastava se enfiar pelas vielas e porões do Stables Market e do Camden Lock para encontrar antiques, roupas vintage, lojas de segunda mão, um indiano carpinteiro que faz molduras lindas pelo preço de um prato de curry, a vovó que vende vidros de perfume antigos, o rapazinho que vende malas lindas dos anos 40, 50, e 60, o stand de revistas usadas (comprei uma Vogue de 1967), a “praça de alimentação” onde você pode comer gororoba de qualquer lugar do planeta servida numa marmita por 4 libras (rodeada por pombos engordurados querendo roubar um pedaço de frango), as melhores lojas de sapatos alternativos da cidade, as lojinhas de hippies vendendo incenso, tapetes e almofadas coloridos, os salões de beleza onde mini peixinhos comem as peles mortas dos seus pés, a ala dos góticos, a ala das lolitas japonesas, a ala dos mudernos eletrônicos, as lojas chinesas vendendo essas roupinhas rendadas que estão por TODA a parte, as lojas chinesas vendendo por 30 libras (or best offer…) réplicas das bolsas de mil libras que a gente encontra na Selfridges, lojas de móveis usados, lojas de móveis hype, restaurantes e cafés servindo comida do mundo inteiro, tomar uma pint observando os barquinhos no canal.

Mas a verdade é que eu sempre serei uma pseudo gótica de 13 anos, e talvez por isso o lugar ainda exerça um certo grau de fascinação sobre mim.

Para quem quiser passear mais por Camden, um vídeo bacana. :)


Só não sei até quando exatamente essa fascinação vai durar, dadas as atuais circunstâncias - sim, é isso mesmo, vou começar a reclamar. :) Com a chegada em massa dos chineses, fatalmente o lugar acaba perdendo um bocado da identidade. Percebi que vários brechós, por exemplo, foram substituídos por lojas de tralhas made in China. O problema é que todas essas lojas vendem praticamente a mesma coisa (no caso de Camden, roupinhas rendadas em estilo mori girl e bolsas de grife falsificadas) e, se a presença oriental de fato se tornar massiva, o mercado todo vai acabar se descaracterizando e perdendo muito em qualidade/originalidade.

Outra coisa: praticamente todas as lojas traziam cartazes imensos e deseducados na porta: NO PHOTOS. Juro que não entendo a motivação (principalmente quando a mercadoria à venda não pode ser copiada), acho deselegante e me faz perder a vontade de entrar e comprar qualquer coisa. Dificilmente entro nesses lugares, por mais dentes que a vendedora me mostre ao me perceber parada na porta.

33 Comments:

  1. Eu me senti assim em Paris! E olha que eu era turista! Tudo bem que eu fiquei 2 meses lá, mas até aí eu me tornar chapa de todo brasileiro que estava por lá é outra história... E não acho que estou ficando velha, talvez mais exigente só!

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  2. Olha, concordo com o que você disse em termos de ter várias coisas legais ali para quem tiver a paciência e um pouco mais de carinho - e grana - ao fuçar as lojas. Mas como escrevi certa no meu antigo blog, acho que Camden virou meio que uma caricatura de si mesmo, uma espécie de anacronismo confuso. É o lugar a que mais gosto de levar visitas e, quando quero fotografar cores, etc, parada obrigatória. Bom para um fast food baratinho, como você disse, vinho quente nos dias frios, churros brasileiros, etc. Sempre vale um passeio. Mas, depois de quase 13 anos aqui, é passeio anual mesmo - se for-, porque não há mais "novidade", a não ser os Starbuck's, etc - que, para mim, não condizem com o espírito do lugar.
    Enfim, é para mim um lugar de nostalgia com algumas coisas bem legais, mas com um certo ranço que incomoda. Talvez isso de ser "alternativo" sem mais, no fundo, sê-lo.
    Beijo!

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  3. Não entendo Brasileiro que vai para o exterior, seja turismo, morar, trabalhar ou estudar e fica correndo atrás de outro Brasileiro. Pra quê saiu do Brasil então? rs
    Achei que era só eu que acha feio a língua dos Latinos e Espanhóis xD

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  4. Hahaha... também me sinto uma velha às vezes. Mas não é nada, é só amadurecimento... eu acho. Vai saber, afinal. Enfim.

    Olha, não sou o tipo de turista que promove essa interação irritante com moradores do lugar (juro!), mas garanto que, se te encontrasse por aí, me encheria de coragem para arriscar e dizer "oi, você é a Lolla? Sou Letícia e gosto muito do seu blog". Considerando, claro, a possibilidade de eu te reconhecer só pelas fotos que vejo aqui. Nunca ouvi a sua voz e não sei se sua companhia te chamaria de "Lolla" pra fortalecer minhas suspeitas, mas... não custaria nada tentar. =)

    E tudo bem que as lojinhas chinesas representam mesmo um perigo para a identidade do bairro, mas cada coisa linda... suspirei.

    Bjs,
    Letícia R.

    em tempo: não se preocupe. Não tenho a mínima ideia de quando vou pra essas bandas. Ande sossegada por Camden.

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  5. Nossa, imaginei minha mãe como sendo o Turista Babaca. Sério, a gente encontrou por acaso um carioca numa loja em Paris e meus pais abordaram o coitado pra falar da vida, da viagem, dos lugares que foram, de iPhones, e o cara, sabendo que eu era a filha, e me vendo bem longe, me olhava como quem pedisse pra eu chamar os dois e sermos uma família de novo.

    Mas, por via dar dúvidas, fale inglês. Aaaall the time.

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  6. em todos os lugares q eu fiquei quando viajei tinha brasileiros. só q em berlim, passei pelo corredor a caminho do café da manhã e mandei um "good morning" e a mulher respondeu "bom dia". daí me vi obrigada a responder "bom dia" de volta pq não sabia se ela estava blefando hahaha.

    à noite fomos jantar no restaurante perto do hotel e lá estavam essas mulheres, conversamos brevemente e só. na conexão porto-madrid-rio q acabou atrasando e nos prendendo em madrid com a roupa do corpo (iberia, sempre ela) tinha um monte de brasileiros, + uma portuguesa ON FIRE ameaçando dar na cara das funcionárias abusadas da iberia. tentaram interagir, mas meu namorado e eu resolvemos aproveitar o dia dormindo o q não dormimos na noite anterior.

    tb não me identifico com espanhol (idioma), se bem q me vi forçada a interagir com simpáticas mexicanas e uruguaias q estavam na mesma cabine q eu no trem praga-berlim (meu namorado inteligentão comprou bilhetes p/ cabines diferentes HA!).

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  7. Olha vc disse TUDO o que queria escrever sobre turista brasileiro, nunca passei tanta vergonha alheia como no Chile, gente que povo ignorante e que se acha, falei que vou aprender japonês, assim PELO menos não ficam falando que sou Brasileira, hunf!

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  8. Ai Lola, a gente perde a paciência mesmo... :)

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  9. hehe
    pior é q os brasileiros efusivos se acham OS LEGAIS. acreditam na fama q nós somos o povo mais bondoso do mundo, q temos as mulheres mais belas do mundo e mais tantas baboseiras. ai q vergonha!
    bjos, lolla!

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  10. Lolla! Que lugar maravilhoso!
    Tuas fotos me encantaram e o videozinho aquele tbm.

    Pseudo gótica de 13 anos (curti) hehe

    Bjs!

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  11. Achei um pouco mal humorado da sua parte e do pessoal dos comentários. Tudo bem que você mora aí, vê tudo o tempo todo, mas pensa na pessoa turista, tudo novidade, empolgação ao extremo, achando o máximo e tudo mais. Sem contar que muitas dessas pessoas estão no exterior pela primeira vez (sim, vocês pessoas muito viajadas, o Brasil só agora está experimentando esse boom de turismo internacional). Vamos ter mais paciência vai, pensa que podia ser seu irmão/amigo/pai sei lá, querendo ser simpático porque encontrou uma pessoa com algo em comum em um lugar que, pelo jeito, era extremamente novo e diferente dela.

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  12. Madame Jaleco - em Paris comigo foi meio diferente, na verdade fui chochada por um pequeno grupo de brasileiros que não tinha se dado conta ainda que eu era brasileira, hahahaha. Até que eu me revelei e a cara deles foi ao subsolo. :)

    Dani - concordo com tudo, especialmente com a parte do pseudo alternativo. Camden é turístico demais pra isso. Mas não me incomodo com a falta de novidades, até porque Oxford Street nunca se renova, tem menos charme ainda e eu tô sempre lá quando preciso comprar alguma coisa (infelizmente... preciso de alternativas). Em Camden eu pareço sempre reparar em alguma coisa diferente que não havia visto antes, e o people watch é bem mais legal. Mas com exceção de algumas coisas, está ficando BEM caro comprar por lá. But yep, é passeio anual ou semi-anual, mesmo. A menos que você esteja indo só pra comprar alguma coisa específica e ir embora. :)

    Dani - eles dizem que é saudade de casa. O que é compreensível quando você mora aqui há anos. Mas numa visita de duas semanas? Pelamor, né? :) E espanhol é uma das poucas línguas que faz meu intestino dar nó.

    Letícia - Isso só é chato vindo de gente estranha - de conhecidos e amigos é sempre um prazer. E prefiro muito mesmo que as pessoas que acham que me conhecem venham falar comigo, se apresentar, etc. Tem uma blogueira que reclamou exatamente disso - as pessoas reconhecem ela do blog, não vêm falar nada (talvez por timidez) mas ficam olhando, apontando... Deve ser bem chato mesmo. Imagino que sim, porque já é bem chato ficar sendo monitorada só por ser "outra brasileira". Se vier e me achar, pode vir falar comigo - sinta-se intimada. Mas ainda vale tomar um café no Brasil antes, não? :)

    Amanda - isso de falar inglês all the time funciona lindamente quando estou com meu marido, com amigas estrangeiras ou com as brasileiras que falam inglês. Mas conheço pessoas aqui que não falam inglês, e com elas não dá. E depois eu gosto de falar a minha língua sempre que posso. :) Enfim, valia mais a pena pedir ao povo que tivesse bom senso, mas disso a gente desistiu, né? Hahahaha, seus pais = figuras. :)

    Ju R - a moça do "bom dia" sabia que você era brasileira? Enfim, eu acho meio deseducado forçar português nas pessoas. Aqui, em "lojas de brasileiro", eles te olham até meio feio se você fala algo em inglês. Algo nos níveis de "que é, tá querendo se exibir?" que fede a complexo de inferioridade. Não gosto. E nada tenho contra os países latinos e as pessoas, só não curto o idioma (espanhol). :)

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  13. Dri - e no avião, quando eles se sentam do seu lado e, SÓ PORQUE VOCÊ VEIO DO MESMO PAÍS querem te contar a vida toda, mostrar as fotos do parto normal, etc. Adoro... NOT. :)

    Anônimo - ô... Hahahahah.

    Aline - eu adorei o vídeo, só achei que a música não combinou NADA com a atmosfera do lugar. Yup, 13 year old pseudo goth for life. :)

    Mariana - É BEM mais fácil para você dizer isso, concorda? Você não mora aqui, não passa por isso TODA VEZ que vai a um lugar medianamente turístico. No começo é até bonitinho ser abordado por completos estranhos que se acham no direito de fazer perguntas íntimas sobre a sua vida só porque saíram do mesmo país que você (né, que DELÍCIA, isso, quem não gosta deve ser doido, imagina!!) mas quando isso acontece três, quatro vezes no mesmo dia, surpresa: vai ficar chato. Fora que algumas pessoas não se limitam a abordar: elas APONTAM O DEDO, te SEGUEM pela loja, ficam encarando de longe e rindo. Cara Mariana, isso tem um nome: FALTA DE EDUCAÇÃO. E se você acha que falta de educação é perdoável só porque a pessoa está fora do país do origem, então eu realmente não tenho mais como contra-argumentar.

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  14. Acho que na verdade nem é velhice, é mais a influência da menina gótica que se aborreceria mesmo ainda tivessem as mesmas primaveras nas costas? :) Camdem é um dos meus lugares favoritos de Londres, quero muito ir um dia desses de novo, faz um tempão que não piso lá, se não me engano. Te aviso quando fôr de novo, se vc quiser acompanhar.

    Bom, comigo ligo o modo invisível e dificilmente brasileiros vêm ter conversa vazia.
    Confesso que cochicho pra Mr. W quando tem brasileiro por perto, mas é para ver se ele pega no idioma e percebe antes de eu falar, e sempre uso um apelido que é pra não levantar suspeita.

    É uma parte muito chata de ter que se recluir, até porque não dá pra saber que tipo de conterrâneo a gente vai encontrar. Tem de tudo aqui, assim como tem no Brasil e muitas vezes até deixamos de encontrar e criar vínculos com pessoas legais, pelo lado negativo da história.

    Um dia escrevo sobre isso no blog também, é um assunto delicado e complicadíssimo, não é tão simples como simplesmente falar com eles porque é do mesmo país e porque estão empolgados :\

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  15. Brasileiros efusivos estão espalhados no mundo todo, é uma loucura isso, alguém deveria fazer um estudo a fundo do negócio!
    Bom, adorei as fotos, elas mataram minha curiosidade, já que os jornais daqui falaram até não poder mais sobre Camden....
    Acho que todo mundo tem uma pseudo gótica de 13 anos interior hahahaha

    Beijos!! :)

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  16. O problema não e você *e sua velhice chegando*, turistas são sempre o problema. Eu evito ao máximo ser *turista idiota* quando estou viajando, odeio o jeito típico deles de achar quer qualquer um que é do Brasil vai virar melhor amigo, só porque fala a mesma língua/veio do mesmo lugar.

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  17. quando eu viajei, a gente (meu namorado e eu) era tão "na nossa" q às vezes as pessoas perguntavam de onde éramos e ninguém acreditava na resposta. tipo quando entramos na apple de praga haha! e a moça (linda, absurdamente linda) foi tão simpática, tão atenciosa conosco... uma graça!

    e o vendedor da loja de marionetes quando soube q éramos brasileiros arriscou conversar conosco em espanhol, sem aquela "língua dançante" na boca. um amor!

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  18. Por isso que eu nao tenho nenhum amigo brasileiro..falo serio...so via telefone ou skype nem assim eu sou tao amiguinha...

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  19. lolla - só passando para dizer que amo seu blog de paixão, suas fotos, seus gatos, seus posts... e tb que concordo em gênero, número e grau. brasileiro já é folgado em casa, no exterior então they stand out like dog's balls. argh.

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  20. "em Paris comigo foi meio diferente, na verdade fui chochada por um pequeno grupo de brasileiros que não tinha se dado conta ainda que eu era brasileira, hahahaha. Até que eu me revelei e a cara deles foi ao subsolo"

    cara, eu me lembro desse post. até hj eu conto sobre ele p/ amigos q vão viajar pro exterior hahahaha!

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  21. Sim, sim, supervale um café no Brasil! Just let me know. ;)
    Essa história de ser monitorada é bem chatinha, mesmo... por causa do meu trabalho, passo por isso até na padaria do bairro. Na maior parte das vezes, as pessoas são agradáveis... além do mais, ok, são ossos do ofício. Mas entendo seu incômodo: quando são 3 ou 4 vezes por dia, perguntas e comentários incríveis são ditos e a pessoa não vem falar com você, embora te meça inteirinha... putz. Haja paciência.
    Beijos, Letícia R.

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  22. Não conhecia o seu blog e vim dar uma olhada por indicação de uma amiga.
    Mas este post me pareceu um tanto sugestivo e com raízes superficiais de preconceito e xenofobia.
    Um: "empesteada". Isso se fala de mau cheiro ou insetos, por exemplo.
    Desculpe, acho que nenhum lugar deveria estar empesteado de "pessoas". Muito menos brasileiros. Porque você mesma é uma brasileira que está lá. Ou seja...
    Outra coisa, que "nojinho" é esse com o idioma alheio?
    São palavras.
    Assim como os seus brasileiros barulhentos e incovenientes, você também precisa se educar e aprender um pouco mais sobre tolerância.
    Você é inteligente e talentosa, dá pra notar pelas suas fotos, e espero que sua maturidade consiga chegar ao tamanho do potencial que você pode alcançar.

    Abraços sinceros.

    Natália.

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  23. Lelei - eu vou ter que voltar lá em breve com uma amiga que quer comprar umas coisas, te aviso sim, se você estiver disponível. :) Mas nesse caso a gente não vai poder ligar o modo invisível, já que fatalmente teremos que falar. ;) E concordo com o que você disse.

    Longhairedlady - imagino que os jornais tenham falado muito sobre Camden, por causa da Amy. O Times publicou um artigo muito bonito sobre a relação dela com o lugar, se achar online vale dar uma lida.

    Nanda - todo mundo dá uma de babaca de vez em quando, e eu na verdade até prefiro os que vêm falar do que aqueles que ficam olhando de longe e me apontando. Sinto-me mal.

    JuR - brasileiros não são os únicos a falar alto. Americanos, espanhóis e italianos idem. Mas apesar de eu ter ouvidos sensíveis (trauma: minha mãe tem problemas auditivos e eu passei a infância inteira sofrendo a tortura de ouvi-la discorrendo sobre a minha intimidade em coletivos, praticamente aos gritos), isso não é problema algum comparada ao resto.

    Anônimo - você vive onde? como assim não tem nenhum amigo brasileiro? o problema não é de todos os brasileiros, vamos deixar claro. :)

    dionete - hahahahaha, evil girl! obrigada pelo elogio, dear. :)

    Ju R - Pois é. Pelo menos naquele episódio a) eles não vieram falar comigo diretamente e b) foi bastante engraçado.

    Leticia - Não "sofremos" aqui nem uma fração do que você provavelmente "sofre" aí, hahaha. Mas acredito que seja gente que gosta de você e tem algum carinho pelo seu trabalho. Aqui eu sou nada, ninguém. E ser seguida, apontada, e ter gente querendo saber COMO eu consegui MORAR aqui é um pouco demais e me faz sentir num zoológico. Lembro que um grupo de senhoras, a quem eu tive a péssima idéia de ceder um pouco de atenção (porque gosto de conversar com senhorinhas), após ouvir que eu morava no país, inquiriu: "ué, mas você não TEM CARA de que tem passaporte alemão ou italiano... está ILEGAL?". Depois desse comentário eu não perco nem mais meio segundo conversando com brasileiros, infelizmente. Não quero me expôr a insultos da nossa amada Elite Nacional. <3

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  24. A terceira foto me lembra o filme Percy Jackson, O Ladrão de Raios, adorei.

    Ainda não tive a experiência de ir para o exterior então não sei se teria a mesma reação. Só sei que é estranho quando vou pra outro Estado, principalmente pro interior, e as pessoas te olham como você fosse de outro planeta.

    Enfim, as pessoas não sabem o que é discrição.

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  25. Sinceramente me irritei com Londres semana passada, sei lah... Morei ai durante seis meses, e jah voltei pra casa tem dois anos, ai não sei porque resolvi visitar uma amiga minha, jah que fui passar as ferias em Paris.
    Jah me sentia meio infeliz com a quantidade altamente desagradável de turistas na frança, chego em Londres e me vem mais turistas, o desgosto.
    E também queria dizer que o seu blogger me fez muita companhia quando morrei em Londres, por acaso navegando na net descobri ele no dia seguinte que tinha chegado em Londres, e nos dias frios quando eu não queria sair de casa, e ver televisão em inglês me dava dor de cabeça me sentia feliz por ler seus posts, e ver as suas fotos maravilhosas.
    E nao sei porque ate hoje nao comentei... vai saber q q se passa na minha cabeca meio confusa....

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  26. Oi! Estou indo para Londres ano que vem. Tenho duas dúvidas bem práticas e femininas, será que você saberia me responder? É possível encontrar os mesmos medicamentos que existem aqui? Me preocupo principalmente com anticoncepcional, porque é tão difícil de se acostumar com determinada marca que acho que vou levar um estoque na mala! Outro hábito que tenho aqui é o de fazer minha depilação com cera quente. Existem salões que prestam esse serviço? Tenho a impressão de que é muito mais caro que no Brasil. Um abraço e obrigado!

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  27. Ba - verdade. Uma vez fui passear na casa da avó de uma amiga em Santa Cruz (mesmo estado, hein) e as pessoas nos olhavam como se fôssemos de Marte. Uns caras passaram, falaram alguma bobagem e completaram: "e ISSO AÍ não é daqui não, é IMPORTADA". Será que esse povo sabe mesmo quem mora e quem não mora ali? Medo.

    Fioccos - aww, que comentário fofo. :) Turista é um serzinho sem noção por natureza, e todos nós somos e seremos, então a idéia é minimizar o desconforto. Sim, estamos ajudando a economia local, mas fechar uma calçada ou a entrada de uma loja com o nosso pequeno grupinho de 20 pessoas, jogar lixo no chão, falar alto em igrejas, pisar no pé das pessoas no metrô, fechar as escadas rolantes em Londres (onde todo turista devia saber que se deve ficar de pé no canto direito), falar mal de tudo para todo mundo o tempo todo, furar filas em cinemas e lanchonetes, ser grosseiro com vendedores só porque "ai no Brasil eu sou paparicada por subalternos pois sou madame - estou na Europa, tenho que ser paparicada aqui também", ou seja... A LISTA É GRANDE, AMIGA. Não só brasileiros, claro.

    Anônima - eu adoraria poder te ajudar melhor, mas como não uso anticoncepcional e nem depilo à cera, não saberia responder bem. O que sei é que sim, SERVIÇOS aqui costumam ser bem mais caros que no Brasil, onde qualquer 20 reais paga uma meia perna. Aqui você vai pagar mais caro OU pode comprar o mesmo aparelho que as meninas do salão de beleza usam por uma mixaria e fazer em casa sozinha. Vale também fazer a de uma amiga e pedir a ela pra fazer a sua. Fica mais fácil e é vantajoso para ambas. Também há muitas brasileiras fazendo esse serviço em casa, e elas *costumam* cobrar um pouco menos que nos salões do centro. Pegue uma revista LEROS (gratuita, em restaurantes e lojas brasileiros pela cidade) assim que chegar e olhe os classificados.

    Há comunidades no Orkut que são de grande ajuda para expatriados: Londres na Boa e Brasileiros no Reino Unido. Vale até a pena fazer conta no site se você já cometeu o seu orkutcídio... Entre, procure pelas informações, se não achar pergunte educadamente, se informe mas não fique muito tempo lendo aquelas discussões porque dá até dor de cabeça, hahaha. Boa sorte e bem vinda!

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  28. Oi Natália, tudo bem?
    Obrigada pelos elogios ao site e às minhas humildes fotos. Estou sempre tentando melhorar; e agora, com uma câmera nova, tentando me adaptar a ela. :) Quero aproveitar para dizer que discordo de alguns pontos que você levantou. Não estou me defendendo porque, afinal, este é o meu blog e não há necessidade de me explicar para ninguém - especialmente anônimos. Mas como as suas acusações foram um pouco graves (xenofobia, por exemplo) acho que vale a pena deixar um recado que, espero, seja útil a futuros leitores antes de fazer seus comentários.

    Em primeiro lugar, "empesteado" foi usado no sentido metafórico. Não posso julgar o seu português por apenas um parágrafo, mas você não me parece iletrada - seu comentário foi bem redigido e conciso. Por essa razão acho estranho que você não tenha entendido que eu não estava *realmente* comparando seres humanos a pestes. O mesmo vale para quando alguém chama uma criança de "pestinha". Se uma expressão é considerada inócua, não vejo porque demonizar a outra. Gosto muito da sonoridade e potencial cômico dessa palavra (e a uso com frequência - para brasileiros, ingleses, tailandeses, animais, cheiros, insetos...) e não acho que eu precise da permissão de ninguém para tal. Assim sendo, continuarei usando. Não houve ofensa a nenhuma minoria, portanto não vejo motivos para alterar o meu português. Se você se sentiu ofendida com o uso da palavra, minhas desculpas. Porém nesse caso recomendo que não visite esse site no futuro (ou que pelo menos não leia), pois a palavra vai continuar a ser usada quando eu julgar conveniente. Combinado? :)

    Sobre xenofobia, como todos sabem eu sou um bocado minsatropa. Não curto aglomerações e não sou particularmente afeita à maioria dos humanos - sejam eles de que nacionalidade forem. Xenofobia contra o meu próprio povo? Hmmm, vejo aqui um dilema linguístico. Quanto ao espanhol, sim, é verdade - não é, nem de longe, meu idioma preferido. Tenho direito a essa opinião, da mesma forma que todas as pessoas que admitem todos os dias na internet sentir asco do sotaque carioca - e eu nunca fiz nenhuma reclamação a respeito. Percepção é uma coisa muito pessoal. Estou certa de que você mesma tem preferências em relações a idiomas e sotaques, mas como me pareceu (e posso estar enganada) que sua intenção aqui foi se mostrar moralmente superior, nós jamais saberemos. Não vou me desculpar pela minha opinião também. Jamais usaria um idioma ou sotaque para agredir pessoalmente outra criatura. Mas expressar minha opinião no meu próprio site? Se não se importa, hell yes. E, caso se importe, sinta-se livre para fechar o browser. Sem mágoas.

    Aprender sobre tolerância TODOS NÓS precisamos, Natália. Não acredito que você seja perfeita nesse aspecto porque não existe ser humano perfeito - todos nós temos nossas intolerâncias de estimação. Mas, como você preferiu comentar aqui no anonimato, sem deixar site, email, e talvez nem mesmo o seu nome de verdade, como poderemos saber se você tem mesmo toda essa bagagem moral para julgar a maturidade (ou falta de) de alguém que nem sequer conhece? Me parece precipitado e fruto de uma certa má vontade. Direito seu, só não peça para levar essa crítica a sério.

    Assumir as próprias ações é outro grande sinal de maturidade, Natália. Leve isso em consideração da próxima vez que deixar comentários anônimos acusando as pessoas na internet.

    Obrigada pela visita e tenha um ótimo fim de semana. :)

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  29. Que mala essa Natália.
    Sem mais.
    Beijos,
    Letícia R.

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  30. ai, camdem! que sorte a sua de poder morar em londres!
    um beijo!

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  31. Visito seu blog porque gosto das fotos e da maneira irreverente que escreve, mas desta vez me senti mal ao ler o texto, mesmo acreditando que vc tenha mil razões para se sentir assim. Sou paulistana e me sinto um pouco invadida quando passeio pela capital, mas nunca depreciei tanto as pessoas que estão ali...

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  32. Lolla qdo vc falou dos pombos disputando comida com a gente lembrei qdo estive em Londres e fui comer sentada em Picadilly e lá eu tive que concorrer com os pombos que estavam loucos por minha comida rsrsrsr
    Preciso voltar a Londres e conhecer este lugarzinho mega famoso :)

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