Aqui você precisa comer rápido.
Ou, se quiser comer tudo o que está no seu prato, tem que ficar periodicamente espantando a garçonete, que já metendo a mão na borda do prato pergunta "have you finished?".
Não, eu ainda não terminei, querida... E queria entender qual a PRESSA em retirar logo a comida da mesa. A cestinha com o couvert de pães. O prato com os dois últimos camarões. O restinho de sopa na tigela. Se eu quiser manter tenho que ser rápida no gatilho, ou melhor, no reflexo: "não, eu não acabei de comer. Se importa de deixar o prato aqui ou tem alguém lá na cozinha que se alimenta de sobras e ainda não almoçou, hoje?" Jesus fucking christ.
Rozel Bay, domingo passado.
Ventava frio, e mesmo assim sentamos no Hungry Man (tá vendo aquele quiosque azul à direita da segunda foto, perto da cabine telefônica amarela? Lá). Comi cheeseburger com coca cola e uma barrinha de cereais com creme de vitamina de morango por cima. Ele comeu um hamburguer de sausage e café. Eu acho graça gente comendo hamburguer com café, mesmo no frio. Ainda mais tendo uma platéia de uns quinze patos olhando para a sua cara, esperando que você jogue um pedaço de pão. Todo mundo fez a sua parte, e em dado momento o Respectivo me olha, olha a barra de cereais pela metade e ameaça pegá-la para distribuir aos patos. Ato reflexo, eu seguro firme a minha comida e grito QUAC!
Estamos desocupando a casa. Os corretores de imóveis já estão rondando, trazendo pessoas para vê-la. Hoje apareceram sem avisar, coisa que detesto. Por sorte a casa não estava muito bagunçada. Ela fez aquela ceninha i'm-so-sorry que obviamente não convence e foi entrando, abrindo janelas, acendendo luzes. Fiquei na minha, folheando a edição da Real dessa semana.
As duas moças que vieram antes ver a casa foram simpáticas, perguntaram se podia entrar com sapato, se desculparam pelo incômodo. Já o camarada que ela trouxe hoje nem olhou na minha cara. Fui acompanhá-los quando foram ver os quartos e, em cima da cama que eu não havia feito ainda, repousava um sutiã vermelho-bombeiro (meu, é claro). O sutiã quase gritava ME OLHE no meio dos lençóis branquíssimos. Dei uma risada interna enquanto a corretora ficava mais vermelha que o sutiã e o Mr. Antisocial fingiu olhar o carpete.
Risos. Talvez isso os ensine a telefonar antes de tocar a campainha.
Ou, se quiser comer tudo o que está no seu prato, tem que ficar periodicamente espantando a garçonete, que já metendo a mão na borda do prato pergunta "have you finished?".
Não, eu ainda não terminei, querida... E queria entender qual a PRESSA em retirar logo a comida da mesa. A cestinha com o couvert de pães. O prato com os dois últimos camarões. O restinho de sopa na tigela. Se eu quiser manter tenho que ser rápida no gatilho, ou melhor, no reflexo: "não, eu não acabei de comer. Se importa de deixar o prato aqui ou tem alguém lá na cozinha que se alimenta de sobras e ainda não almoçou, hoje?" Jesus fucking christ.
Rozel Bay, domingo passado.
Ventava frio, e mesmo assim sentamos no Hungry Man (tá vendo aquele quiosque azul à direita da segunda foto, perto da cabine telefônica amarela? Lá). Comi cheeseburger com coca cola e uma barrinha de cereais com creme de vitamina de morango por cima. Ele comeu um hamburguer de sausage e café. Eu acho graça gente comendo hamburguer com café, mesmo no frio. Ainda mais tendo uma platéia de uns quinze patos olhando para a sua cara, esperando que você jogue um pedaço de pão. Todo mundo fez a sua parte, e em dado momento o Respectivo me olha, olha a barra de cereais pela metade e ameaça pegá-la para distribuir aos patos. Ato reflexo, eu seguro firme a minha comida e grito QUAC!
Estamos desocupando a casa. Os corretores de imóveis já estão rondando, trazendo pessoas para vê-la. Hoje apareceram sem avisar, coisa que detesto. Por sorte a casa não estava muito bagunçada. Ela fez aquela ceninha i'm-so-sorry que obviamente não convence e foi entrando, abrindo janelas, acendendo luzes. Fiquei na minha, folheando a edição da Real dessa semana.
As duas moças que vieram antes ver a casa foram simpáticas, perguntaram se podia entrar com sapato, se desculparam pelo incômodo. Já o camarada que ela trouxe hoje nem olhou na minha cara. Fui acompanhá-los quando foram ver os quartos e, em cima da cama que eu não havia feito ainda, repousava um sutiã vermelho-bombeiro (meu, é claro). O sutiã quase gritava ME OLHE no meio dos lençóis branquíssimos. Dei uma risada interna enquanto a corretora ficava mais vermelha que o sutiã e o Mr. Antisocial fingiu olhar o carpete.
Risos. Talvez isso os ensine a telefonar antes de tocar a campainha.
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