De tempos em tempos eu recebo um ou outro email de gente que
eu não conheço dizendo que eu sou legal e que eles acompanham assiduamente minha
vidinha. Eu gostaria de conseguir fazer algo assiduamente,
mas falta foco. Acho um site bacana e penso "Foda, vou ler
todo dia!". No dia seguinte já nem lembro o endereço. O mesmo com
programas, novelas, pessoas. Não consigo dizer "presente" todo dia, nem a
pau.
Mas às vezes, de bode no trabalho, leio a coluninha tosca e mal escrita do Lucio Ribeiro na Folha Online. Ele diz (e eu acredito) que tem gente que escreve até pro Ombudsman do jornal se queixando quando ele atrasa a atualização. Eu acho a coluna dele meio chata hype wannabe e aquela mania de escolher uma bandinha escrota qualquer a cada semana e dizer que é a melhor coisa do planeta na atualidade me dá preguiça. Mas eu sou uma chata wannabe também e tenho leitores; ou seja, a única diferença entre o Lúcio e a Lolla é que ELE recebe salário pra ser poser.
O pior é que eu sou uma idiota e gosto de conferir as bandas antes de falar mal. Lá vou eu gastar tempo e conexão à internet baixando músicas do Rapture, do Elefant, do White Stripes e afins pra ver qual é. Pra cada acerto, 20 arrependimentos. Strokes é uma das bandas mais sem graça que já ouvi na vida. Se os anos 90 foram um limbo musical, o novo milênio caminha a passos largos pra redirecionar a escala evolutiva da música ralo adentro de um bidê.
Estava eu no ônibus hoje voltando pra casa quando a Elis Regina apareceu no dial cantando "Como nossos pais". É certo que "o novo sempre vem", mas, e se o novo por acaso for ruim? Tem mesmo que renegar o passado só porque ele é passado? Devemos achar o passado cafona só porque a fila anda? Será que o "vamos em frente porque atrás vem gente" é uma verdade indiscutível?
Eu andava com meu pai pelo subúrbio onde ele passou a juventude e ele me dizia que as favelas sempre existiram, mas os "bandidos" daquela época respeitavam mulheres e crianças, não mexiam com trabalhador e resolviam suas pendengas na ponta do canivete. Evolução não é tudo. Eu tentei dar uma chance ao futuro, e me arrependi. Uma máquina do tempo, por favor.
Mas às vezes, de bode no trabalho, leio a coluninha tosca e mal escrita do Lucio Ribeiro na Folha Online. Ele diz (e eu acredito) que tem gente que escreve até pro Ombudsman do jornal se queixando quando ele atrasa a atualização. Eu acho a coluna dele meio chata hype wannabe e aquela mania de escolher uma bandinha escrota qualquer a cada semana e dizer que é a melhor coisa do planeta na atualidade me dá preguiça. Mas eu sou uma chata wannabe também e tenho leitores; ou seja, a única diferença entre o Lúcio e a Lolla é que ELE recebe salário pra ser poser.
O pior é que eu sou uma idiota e gosto de conferir as bandas antes de falar mal. Lá vou eu gastar tempo e conexão à internet baixando músicas do Rapture, do Elefant, do White Stripes e afins pra ver qual é. Pra cada acerto, 20 arrependimentos. Strokes é uma das bandas mais sem graça que já ouvi na vida. Se os anos 90 foram um limbo musical, o novo milênio caminha a passos largos pra redirecionar a escala evolutiva da música ralo adentro de um bidê.
Estava eu no ônibus hoje voltando pra casa quando a Elis Regina apareceu no dial cantando "Como nossos pais". É certo que "o novo sempre vem", mas, e se o novo por acaso for ruim? Tem mesmo que renegar o passado só porque ele é passado? Devemos achar o passado cafona só porque a fila anda? Será que o "vamos em frente porque atrás vem gente" é uma verdade indiscutível?
Eu andava com meu pai pelo subúrbio onde ele passou a juventude e ele me dizia que as favelas sempre existiram, mas os "bandidos" daquela época respeitavam mulheres e crianças, não mexiam com trabalhador e resolviam suas pendengas na ponta do canivete. Evolução não é tudo. Eu tentei dar uma chance ao futuro, e me arrependi. Uma máquina do tempo, por favor.
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