As flores já encerraram o expediente 2019 - a não ser pelas dálias nos jardins cuidados por mãos mais dedicadas. Eu não tenho dálias plantadas esse ano (exceto uma, num pote) porque fiz uma opção baixo-risco: nada de flores que abrissem o apetite das lesmas. O dinheiro que não desperdicei na loja de plantas comprando lanche de molusco foi deixado na Ikea e nas mãos do senhorzinho simpático que cobriu parte da grama com o decking. Em cima do qual eu pus mesa e cadeiras novas compradas na liquidação da Marks & Spencer que são lindas e me fazem, pela primeira vez em anos, ter vontade de sentar do lado de fora - mesmo na companhia de abelhas, aranhas e borboletas. Victory, my friends.
Fora dálias, eu também não tenho fotos de nada disso (ainda) porque estou empenhada em sobreviver à estadia de mamãe e sem tempo para respirar porque ela fala o dia inteiro, fica deprimida se deixada por conta própria por mais de 5 minutos, não consegue fazer muito sozinha (desisti de tentar ensinar como baixar as persianas e ajustar a temperatura do chuveiro) e quando cai a noite eu só tenho forças para tomar banho e dormir. Mães de bebês têm toda a minha solidariedade.
Hoje choveu o dia inteiro e pela primeira vez no verão esteve escuro o bastante à tarde para que eu conseguisse acender velas. As noites começam a se alongar. Já vejo as folhas das water chestnuts mais ansiosas trocando de cor e semana passada abóboras de vidro e esqueletos de polipropileno já ocupavam prateleiras de lojas. Todas as manhãs abro as janelas esperando sentir aquele ar frio e áspero de mudança de estações como quem busca uma maçã na geladeira em que cravar os dentes com o prazer de fome saciada. Summer’s last act has kicked in. I can’t wait for September.
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