saí para tomar café da manhã na Gail’s. Estou dando muito dinheiro para essa galera e permitindo que eles abram ainda mais filiais e tomem conta de Londres. Por outro lado, prefiro ter mais Gail’s do que outro Starbucks ou Costa. Até porque a comida é bem melhor. Amo o bolo de banana e noz-pecã e eu nem gosto de nozes. Também tenho que me lembrar de fazer uma visita àquela loja de pie & mash antes que acabe fechando, já que os jovens e as pessoas de classe média não ligam mais para comidas tradicionais. E talvez eu seja um deles porque nunca fui a uma loja de pie & mash na vida.
Eu gosto dessas flores, desses pisos e portas coloridas, o som das ambulâncias à distância disputando airplay com os pássaros. As casas antigas e bules vermelhos, e casais de hipsters desfilando de coturno pelas calçadas, e as velhinhas com seus carrinhos de compras cheios de bananas e biscoitos, e as torres altas das igreja quase furando o céu, e as flores rechonchudas penduradas em galhos feito pompons de lã, e os carvalhos começando a acordar de seu sono invernal desenrolando folhas translúcidas. Eu gosto quando o leite cai no chá quente desenhando redemoinhos no líquido feito uma pintura abstrata e a primeira mordida num sanduíche fresquinho feito com pão de brioche.
A vida tem sido ok, e às vezes mais do que ok, se eu me der ao trabalho de reparar.
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