Tuesday, November 14, 2017

Because weakness wins if weakness shows


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desde que os relógios deixaram para trás o horário de verão eu tenho acordado tarde - e por “tarde” entenda qualquer minuto depois das oito. sou uma criatura matinal, dessas que começam a ter sono por volta das onze e que rendem mais antes do meio dia. quatro horas entre o café com leite assim que abro os olhos (às vezes antes) e a sensação de que o dia já acabou. peculiaridades bizarras à parte, com o inverno chegam os casacos e com os casacos chegam os bolsos. ♥ mesmo que eu não saia de casa sem guarda-chuva, pente, álcool gel, carteira, câmera e necessaire (ou seja, de bolsa) é bom ter um mini compartimento quentinho onde abrigar as mãos - e deixar o celular ao alcance.

o almoço de sábado foi no fischer’s, despedida da farra do boi gastronômica porque daqui a logo será natal e eu gostaria de desinchar um pouco até lá. é tão bonito aquele salão belle époque com paredes revestidas em madeira, a louça delicada, a clarabóia enchendo o hall de luz e cada cubículo do banheiro tem pia e espelho próprios. me senti no expresso do oriente e minhas panquecas estavam ok. demos um rolê na conram shop para rir dos preços (uma caixa de ferramentas de sete mil libras, por exemplo) e ouvir a clientela comentando entre si sobre casas de campo, vinhos de edição limitada e férias na riviera francesa. passamos em frente à boutique de crias de rico e uma pessoa olhando a vitrine dispara “mas pelo preço dessa roupinha dá pra comprar uma criança no terceiro mundo!” e eu sou obrigada a concordar.

encontro um amigo em angel que nos leva pra tomar o delicioso chá de lichia do katsute 100; no balcão vários bolos com sabor de chá verde, respectivo fazendo cara de nojo e eu batendo palmas. depois apreciar as vitrines da islington high street iluminadas com pisca-piscas natalinos, os cafés cujo decór industrial me tira a fome e as lojas de artesanato frequentadas por madames entediadas e vendedoras que me olham de cima a baixo com um sorriso morno quando digo que estou só olhando, thank you. a chuva que pausou durante o dia volta a cair, fina e fria e constante como um arrependimento; enfio as mãos nos bolsos que agora tenho e entro no carro para casa, ouvindo beach house e pensando numa playlist para as minhas caminhadas de outono sendo que ainda não fiz nenhuma propriamente dita em 2017 e o outono está quase no fim. chego ainda com fome em casa (as i do) e ele revira os armários e me sai com essa mistura de batata, bacon e queijo. termino o sábado com a primeira mince pie da temporada e uma taça de primitivo - all is good.

o domingo começou com o brunch mais basic bitch ever - wasabi - seguido do melhor rum baba que eu já comi fora do continente. geração selfie achando bonito desrespeitar o remembrance sunday cantarolando durante os dois minutos de silêncio: barf. fila para entrar no estacionamento do shopping e duas compras, sendo que uma delas eu tenho a notinha para comprovar mas esqueci o que comprei - só sei que custou 5,99 e não está em nenhum lugar da casa. voltei pra ela morrendo de frio, uma hora na banheira, uma aranha em cima da almofada, um telefonema com uma boa notícia, um pacote de pipocas cobertas de iogurte e mais primitivo que ele saiu quase onze da noite pra comprar na lojinha de conveniência porque eu fiquei triste quando a última garrafa esvaziou. meninas hetero, não desistam: homens quase perfeitos são como fins de semana quase perfeitos: raros, mas existem. keep some faith in your pockets, girl.

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