Tuesday, June 06, 2017

May (6x6)


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1. “friendship is the bread of the heart” - e como pão engorda eu estou evitando, risos. o livrinho faz parte da edição “love and life” da flow magazine que recebi esse mês, e como tudo o que eles fazem é gracioso e entremeado de poesia escrita e visual.

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2. passamos um dos feriadões de maio em gloucestershire e finalmente conheci hidcote, um dos jardins mais famosos do national trust. o nome é velho conhecido meu e de quem curte jardinagem já que muitas variedades de plantas foram desenvolvidas lá; tenho algumas em casa, inclusive uma lavanda. em breve sai um post mais completo; a estufa com suculentas gigantes já vale o preço do ingresso. :)

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3. falando em plantas: a primavera em reta final traz dias mais claros, longos e quentes, o que acelerou o movimento no jardim. hora de plantar, limpar, organizar e torcer pra dar certo. em mais um ataque de otimismo consumista essa foi a última aquisição no garden centre; já está tudo plantado, regado e adubado - OREMOS.

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4. outra primeira vez foi conhecer o teleférico da emirates em greenwich, que eu vinha adiando por falta de saco. aproveitei um show na O2 arena (essa lona branca enorme à direita da foto, também conhecida como millenium dome) para testar a experiência e curtir a vista do tâmisa num dia de céu azul com canary wharf ao fundo. ♥

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5. maio também trouxe o chelsea flower show promovido pela maravilhosa royal horticultural society (post também em breve) e as ruas da cidade floriram em homenagem. essa é a fachada da peggy porschen, um dos lugares mais bonitos e chiques pra comer bolo em londres. essa foto já tinha sido postada no instagram but whatever, it’s so pretty…

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6. fomos ver a exposição pink floyd - their mortal remains no museu victoria & albert e uou, eles fizeram um trabalho de curadoria e ambientação bem legal. o ponto alto tecnológico é esse sistema de som que vocês estão vendo comigo na foto; sendo individual ele permite que você ouça explicações, áudio de vídeos, entrevistas e shows à medida em que se aproxima deles, no seu tempo e sem ter que se irritar com gente ao lado falando alto e atrapalhando a experiência. a sensação é de uma “silent disco” cultural - awesome. fora isso tem instrumentos, instalações, manuscritos, roupas, fotos, making-ofs e momentos emocionantes pros fãs da banda. recomendado!

maio não foi um mês exatamente eventful e me acordou para o fato de que preciso ser ainda mais seletiva com o que vai parar na internet. a idéia de “presença online” mudou muito na última década; costumava ser um story telling, não um relato minuto-a-minuto da nossa rotina diária e toda/qualquer opinião segundos depois de ter sido formada. junto com as redes sociais veio essa avalanche de oversharing coletivo que não nos fez bem - passamos a conhecer partes impalatáveis uns dos outros e a sensação de que precisamos “gerar conteúdo” para continuar relevantes é perigosa quando abre as cortinas da nossa vida para críticos, voyeurs e pessoas cujas intenções nada têm de nobres. a curiosidade simples com que líamos blog 15 anos atrás foi substituída por um escrutínio pernicioso a fim de comparar, especular, ridicularizar, perseguir.

eu sempre soube que nem todo mundo que me segue gosta de mim, e por isso costumo ter um bom critério na hora de decidir o que vai pra internet - não vale a pena dar munição gratuita ao inimigo, mesmo que às vezes ele nem se considere como tal. uma vez que a informação tenha sido dada ela não pode mais ser recolhida; já faz parte do arquivo mental de pessoas que você talvez nem conheça e que talvez nada tenham contra você - ainda. vale correr o risco em troca de meia dúzia de likes numa foto?

but hold the party: não pretendo deixar de publicar meus pixels e pensamentos online; afinal estou nessa desde 2001 e once a blogger, always a blogger. não consigo imaginar não ter esses arquivos. mesmo que eu já tenha diários privados para registrar inanidades que não interessam a ninguém e escrever mais livremente sobre assuntos mais pessoais, ter um blog público é e sempre será o melhor cartão de visitas. mas deixar partes da nossa vida apenas para consumo interno (e talvez dos mais próximos, cuja lealdade e afeto já passaram pela prova do tempo) é o tipo de decisão de que ninguém se arrepende.

careful with that “publish button”, eugene. depois de clicar nele o cofre está aberto e todo cadeado posterior será inútil.

6x6 staff: Alê (Ucrânia) | Ana (Alemanha) | Paula (Holanda) | Taís (Irlanda)

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