Antes que a quinta feira e o Jesus Birthday terminem (no Brasil, pelo menos, porque aqui eles já são história), photo dump do Natal de 2005. Fomos gentilmente convidados a passar uma semana no chalé de um amigo do Respectivo em Val D'Isère, um estação de esqui nos alpes. Esse foi o primeiro Natal que passei fora do Brasil, foi o perfeito White Christmas e foi incrível; direto pra lista de memoráveis para todo o sempre.
Eu nunca tinha visto neve na vida e o primeiro momento em que cruzamos caminho foi durante a parada de xixi + cigarro do shuttle bus do aeroporto. Quando desci, toda encasacada e sentindo o frio da morte, vi aquele pó branco num cantinho ao lado do meio fio e foi encantamento à primeira vista.
Segurei a onda, claro, porque mico de roceiro tropical dando chilique por causa de neve é sempre uma coisa meio ridícula de presenciar por quem já está acostumado/de saco cheio - mas peguei com a mão e fiquei chutando com a ponta dos pés, maravilhada. Depois de chegar na estação propriamente dita eu ia ter neve saindo das minhas orelhas por sete dias - mas foi aquele primeiro contato que se tornou inesquecível.
(sorry amgs pelo spam de fotos de baixa resolução e ruins; apenas pra deixar o registro, ‘k?)
A árvore de Natal mais escrota da história dos Alpes. Acho que foi “decorada” pelas filhinhas pequenas do amigo do Respectivo, que obviamente não estavam muito interessadas na atividade e cuja mãe não estava lá para dirigir os trabalhos.
O chalé em si era awesome. Quatro quartos e uma piscina aquecida. O aluguel incluía todas as refeições, preparadas e servidas pelo staff: uma vasta mesa de café da manhã, lanche pós-esqui (todos os dias eles assavam um bolo diferente) e à noite drinks e canapés seguidos de um jantar com entrada, prato principal, sobremesa e vinhos. Eu ganhei 300 quilos em sete dias mas amigos, valeu a pena.
Baudelaire no banheiro demonstrando os produtinhos Bulgari.
Eu, típico papagaio de pirata, fui só pra comer e ver neve. Até me enfiaram um par de esquis no pé, mas durou tempo o suficiente para eu perceber que aquilo não era pra mim e não ia dar certo. Ou seja, 30 segundos, onde eu não tentei esquiar ou mesmo sair do lugar. Umas das minhas maiores qualidades é saber o tamanho dos passos que sou capaz de dar. Passos esses que não seriam dados com esquis. Arranquei, taquei longe e fui procurar uma cerveja. Ou três. :)
Comida. ♥ Porque além dos banquetes no chalé havia também os restaurantes.As racletes, os crepes de Grand Marnier, as tortas, as batatas fritas, os vinhos e os cappuccinos. :)
Havia também o frio. No sol era perfeitamente aceitável, mas assim que ele se punha o ser humano congelava. Certa vez o fim do dia me pegou toda serelepe de casaquinho e CALÇA JEANS nas montanhas. Voltei pro chalé andando sem sentir as pernas e quando cheguei estava vermelha como se tivesse pego sol das dez da manhã às cinco da tarde em Cancun. A água dessas bicas aí embaixo congelou enquanto caía.
Pegue aqui o seu saquinho e colete as cacas do seu cachorrinho (ou do seu filho. whatever).
Dica de esquiadores experientes: “never eat yellow snow” (nunca coma a neve amarela). O que levaria uma pessoa a comer neve me escapa, mas em todo caso, fica a dica. You never know.
Foguetório de Natal. Não era nenhuma Brastemp Copacabana, mas asseguro que foi bem menos chocho do que parece nessas fotos.
Frutos do mar no mercdo (quem precisa de geladeira?) e o maravilhoso staff, formado por dois gigantes e uma baixinha, todos australianos.
Foram sete dias de frio, neve, gula e alegria, que provavelmente não vão se repetir porque jamais teremos libra$ para alugar um chalé desse nível - mas anyway, experimentei a riqueza por uma semana (ao som de Last christmas I gave you my heart do Wham! que não parava de tocar em todos os restaurantes, cafés e pistas) e de nada mais me lembro, Berenice. ♥
0 Comments:
Post a Comment