Meio sumida, very busy, lidando com problemas da vida real (computador em processo de falecimento, meu pai com labirintite caindo pela casa, a pensão não-resolvida da minha mãe) e alegrias da vida real (pintando cômodos, montando móveis e - last, but not least! - minha viagem para o Japão finalmente marcada! embarco em duas semanas e aceito sugestões e dicas de quem já visitou, ok?) Quando sobra tempo eu me meto a fazer DIY (destroy it yourself…), nem sempre com resultados positivos…
Outro dia estava eu dentro da BLITZ London de Brick Lane quando dei de cara com essa peça:
Na fila do caixa pra pagar, coloquei-a em cima do balcão e a menina à minha frente acariciou o couro da maleta e exclamou “I love that!”. Foi quando abri o zÃper (ui!) e revelei a belezura:
Ta-da! Uma máquina de escrever vintage. Estava querendo uma faz tempo para usar nas minhas colagens/journaling e, claro, para fins de embelezamento do meu escritório. ♥ É claro que eu queria mesmo uma Royal vintage como essa, mas são quase impossÃveis de achar no Ebay. E sinceramente eu preferia não ter que comprar pela internet, por medo de chegar danificada - máquinas de escrever são coisas delicadas (e pesadÃssimas; o shipping é sempre caro).
Trouxe pra casa no metrô, carregando com todo o cuidado. Felizmente não era hora do rush e eu pude vir sentada com ela no colo. Testei logo ao chegar, ainda meio confusa com os “controles”; desde o fim da infância eu não brincava com uma dessas, mas todo o modus operandi me voltou de imediato assim que comecei a ajustar o espaçamento e de repente era como se eu tivesse 12 anos de novo.
TAC! TAC! Meldels, a FORÇA necessária pra disparar as letras! Anos de moleza com o teclado macio dos computadores me deixaram fora de forma… Ginástica para os dedinhos! Me perguntei COMO eu conseguia encher folhas e mais folhas de papel ofÃcio A4 em algumas poucas horas de “inspiração” (eu escrevia livrinhos de histórias, copiava letras de música, tentava poemas, fazia meu diário…), mas aà lembrei que o preço pago pelo meu vÃcio de datilografar eram dedos absolutamente moÃdos no dia seguinte. Lembro da noite que passei acordada (da novela das oito à s cinco da manhã) terminando um trabalho de escola que havia deixado para o último segundo. Dia seguinte eu mal conseguia segurar o lápis (e as pálpebras caindo de sono) na aula.
Quanto à cor meio sem graça da dita cuja, well, eu tinha planos… e também metade de uma lata de Japlac rosa sobrando do espelho e gaveteiro que pintei meses atrás. :)
Não tinha como dar erro, pensei. Japlac gruda até em bosta, verifiquei. A metade da lata seria mais do que suficiente, calculei. Ok, a tinta parecia ter engrossado um pouquinho desde o último uso, mas só dar uma mexidinha e problema resolvido, right?
Right??
Wrong. Ficou uma merda. A tinta estava de fato grossa demais e deixou a pobre máquina com cara de bolo mal confeitado de padaria. Na foto acima você pode ver as marcas das pinceladas, que não deveriam estar aÃ. O acabamento devia estar liso feito bunda de bebê, e no entanto ficou cheio de ondas feito o mar de Copacabana em dia de ressaca.
É claro que depois peguei um pincel fino e contornei o logotipo. Mas o que afundou meu barco foi a tinta, mesmo. Solução: lixar com lixa beeeem fininha para remover essas marcas, essa tinta empelotada e pintar novamente, dessa vez com tinta nova (e diluÃda).
More work ahead. Mas vai ficar bonita, ah se vai. Não gastei 45 pilas e carreguei você no colo pra casa com o cuidado de quem carrega o primeiro filho pra ISSO, baby.
*chora na cama que é lugar quente*
*volta pro Ebay e procura uma Royal vintage* :(
Outro dia estava eu dentro da BLITZ London de Brick Lane quando dei de cara com essa peça:
Na fila do caixa pra pagar, coloquei-a em cima do balcão e a menina à minha frente acariciou o couro da maleta e exclamou “I love that!”. Foi quando abri o zÃper (ui!) e revelei a belezura:
Ta-da! Uma máquina de escrever vintage. Estava querendo uma faz tempo para usar nas minhas colagens/journaling e, claro, para fins de embelezamento do meu escritório. ♥ É claro que eu queria mesmo uma Royal vintage como essa, mas são quase impossÃveis de achar no Ebay. E sinceramente eu preferia não ter que comprar pela internet, por medo de chegar danificada - máquinas de escrever são coisas delicadas (e pesadÃssimas; o shipping é sempre caro).
Trouxe pra casa no metrô, carregando com todo o cuidado. Felizmente não era hora do rush e eu pude vir sentada com ela no colo. Testei logo ao chegar, ainda meio confusa com os “controles”; desde o fim da infância eu não brincava com uma dessas, mas todo o modus operandi me voltou de imediato assim que comecei a ajustar o espaçamento e de repente era como se eu tivesse 12 anos de novo.
TAC! TAC! Meldels, a FORÇA necessária pra disparar as letras! Anos de moleza com o teclado macio dos computadores me deixaram fora de forma… Ginástica para os dedinhos! Me perguntei COMO eu conseguia encher folhas e mais folhas de papel ofÃcio A4 em algumas poucas horas de “inspiração” (eu escrevia livrinhos de histórias, copiava letras de música, tentava poemas, fazia meu diário…), mas aà lembrei que o preço pago pelo meu vÃcio de datilografar eram dedos absolutamente moÃdos no dia seguinte. Lembro da noite que passei acordada (da novela das oito à s cinco da manhã) terminando um trabalho de escola que havia deixado para o último segundo. Dia seguinte eu mal conseguia segurar o lápis (e as pálpebras caindo de sono) na aula.
Quanto à cor meio sem graça da dita cuja, well, eu tinha planos… e também metade de uma lata de Japlac rosa sobrando do espelho e gaveteiro que pintei meses atrás. :)
Não tinha como dar erro, pensei. Japlac gruda até em bosta, verifiquei. A metade da lata seria mais do que suficiente, calculei. Ok, a tinta parecia ter engrossado um pouquinho desde o último uso, mas só dar uma mexidinha e problema resolvido, right?
Right??
Wrong. Ficou uma merda. A tinta estava de fato grossa demais e deixou a pobre máquina com cara de bolo mal confeitado de padaria. Na foto acima você pode ver as marcas das pinceladas, que não deveriam estar aÃ. O acabamento devia estar liso feito bunda de bebê, e no entanto ficou cheio de ondas feito o mar de Copacabana em dia de ressaca.
É claro que depois peguei um pincel fino e contornei o logotipo. Mas o que afundou meu barco foi a tinta, mesmo. Solução: lixar com lixa beeeem fininha para remover essas marcas, essa tinta empelotada e pintar novamente, dessa vez com tinta nova (e diluÃda).
More work ahead. Mas vai ficar bonita, ah se vai. Não gastei 45 pilas e carreguei você no colo pra casa com o cuidado de quem carrega o primeiro filho pra ISSO, baby.
*chora na cama que é lugar quente*
*volta pro Ebay e procura uma Royal vintage* :(
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