Ontem fui à Festa Anual da Cidra em Hamptonne, que se repete todos os anos na época da colheita das maçãs. A cidra é uma bebida bastante popular por aqui, mas que nada tem a ver com aquela coisa gasosa e doce que nós brasileiros, em pelo menos algum momento da vida, já bebemos no Natal. A cidra inglesa, pelo menos a autêntica, não tem gás e seu sabor é bem mais seco.
Fiquei boquiaberta ao ler que a média de consumo de cidra na Inglaterra já chegou a dois litros diários por pessoa (incluindo crianças e mulheres). Vale lembrar que, durante o período vitoriano, a qualidade da água obtida nas cidades era muito ruim (sistema de esgoto sendo um conceito desconhecido). A população era obrigada a beber álcool, já que o processo de fermentação extermina as bactérias e torna a bebida mais segura. Melhor destruir o fígado lentamente e morrer de cirrose aos 25 anos do que de perecer numa crise de diarréia aos três.
Jersey Wonders - As maravilhas de Jersey (e o cartaz escrito em antigo jerriais).
Vaquinha fake para treinar ordenha.
Como se eu não tivesse me entupido de bean crock, porco assado e cidra durante o dia, à noite eu tive que provar as compras. Controle de qualidade. ;)
Mas aí a gente corta o dito cujo e se depara com essa textura maravilhosa e amanteigada.
Vem cá, meu funguinho querido. I love you.
Agora vou ali me enfiar com isso tudo + uma taça de vinho do Porto debaixo de um edredon no sofá, acender a lareira e agradecer aos céus a chegada do frio.
Fiquei boquiaberta ao ler que a média de consumo de cidra na Inglaterra já chegou a dois litros diários por pessoa (incluindo crianças e mulheres). Vale lembrar que, durante o período vitoriano, a qualidade da água obtida nas cidades era muito ruim (sistema de esgoto sendo um conceito desconhecido). A população era obrigada a beber álcool, já que o processo de fermentação extermina as bactérias e torna a bebida mais segura. Melhor destruir o fígado lentamente e morrer de cirrose aos 25 anos do que de perecer numa crise de diarréia aos três.
Cidra + "bean crock", uma espécie de feijoada incluindo vários tipos de feijão e miúdos de porco; comida de trabalhador rural e, como tal, muito boa.
Queijos fabricados em Jersey + porco inteiro no espeto, cujas fatias são servidas com pão, purê de maçã e uma massa feita com ervas, cebola e pão, que também é usada para recheadar assados.
E aqui, os porquinhos ainda crus. :D O porco ali atrás resolveu acordar no meio da sessão fotográfica e se encaminhar para a tigela de comida, passando por cima dos outros e acordando todo o chiqueiro no processo. Classe suína.
Jersey Wonders - As maravilhas de Jersey (e o cartaz escrito em antigo jerriais).
Jersey Wonders = um tipo de pãozinho doce e bem fofo, frito em óleo fervendo e polvilhado com canela e açúcar. Lembra um milhão de coisas sem nome que comi com café na infância - mas não, não tem nada a ver com rabanada. Não pude fazer uma foto melhor porque a velha chata que tomava conta da bacia estava me olhando torto; nesse ângulo parecem cocô de cachorro empanado.
A obrigatória barraquinha de geléias e conservas. Levei um vidro pequeno de "Black Butter", que não é manteiga e nem mesmo preta, mas sim um creme espesso e marrom escuro, obtido ao se cozinhar maçãs em fogo baixíssimo por hooooras. Perfeita com aquele queijo brie lá em cima.
Vaquinha fake para treinar ordenha.
Cantoria obrigatória - melodias vitorianas entoadas em Jerriais.
Castanhas assadas na hora, 50 centavos o saquinho. O cheiro pelo menos estava ótimo e meu pai teria adorado.
O subproduto da fabricação da cidra: depois de amassadas por uma imensa roda de pedra, as maçãs são prensadas e o suco estocado em tonéis de madeira para fermentar. O que sobra é utilizado para alimentar animais ou para produzir Black Butter. Nada se perde, tudo se degusta.
Como se eu não tivesse me entupido de bean crock, porco assado e cidra durante o dia, à noite eu tive que provar as compras. Controle de qualidade. ;)
Ok, a aparência do queijo é estranha, ainda mais quando você se lembra de que essa cobertura na verdade, são fungos. Yummy.
Mas aí a gente corta o dito cujo e se depara com essa textura maravilhosa e amanteigada.
Vem cá, meu funguinho querido. I love you.
Agora vou ali me enfiar com isso tudo + uma taça de vinho do Porto debaixo de um edredon no sofá, acender a lareira e agradecer aos céus a chegada do frio.
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