Saturday, July 19, 2008

Randômicas pré-weekend.

Eu juro: até vinte minutos atras, eu acreditava piamente que o nome da filha da Nicole Kidman era Sunday ROAST. Ah, é Sunday Rose. Ok. Ah, mas que nome babaca... Rosa de Domingo? E em se levando em conta que ela nasceu numa segunda feira?? Sunday Roast seria bem mais interessante. A questão seria saber, roast de quê? Galinha, porco, vaca ou ovelha?

Sem comentários para o nome que Madame Bocão escolheu pra batizar seu primeiro filho homem. Aliás, sem comentários para todo esse circo orquestrado pela parturiente em torno do nascimento dos bebês. Nunca simpatizei muito com esse casal e, ao contrário de quase todo mundo, que acha muito lindo esse sistema de adoção de minorias em série, eu sempre tive sincera pena dessas crianças.

Que tipo de infância é essa, nunca sabendo em que casa ou país vão morar daqui a seis meses (dependendo dos caprichos da mamãe, pode ser américa, vietnã, namíbia, frança... etc), impossibilitados de fazer amigos que não sejam filhos de celebridades, de estudar em uma escola normal, de desenvolver uma identidade, criados por babás e seguranças (Angelina fez uma média de 2,5 filmes por ano desde que adotou Maddox... "Mãe presente"? Aham, Cláudia) e seguidos por TODA a parte por um batalhão de fotógrafos, tendo suas vidinhas esmiuçadas e seguidas feito novela pela metade da população mundial.

Por muito menos nego fica louco no showbusiness e faz a festa e fortuna dos terapeutas de celebrities. A troco de escapar da miséria de seus países de origem, vendem a infância aos tablóides, com a conivência de papai e mamãe?? Tem coisas que o dinheiro não compra, ainda mais para uma criança, cujas necessidades são tão básicas e incluem carinho e rotina. Minha infância foi muito mais feliz, obrigada.


Lendo o blog da Lolló, no post onde ela narra o dia em que saiu com uma bota de cada cor, me lembrei do dia em que só no ÔNIBUS fui me dar conta de que havia vestido o sutiã por cima da blusa.

Em minha defesa, eu estava saindo de casa às cinco da manhã de uma segunda feira, depois de ter ido dormir às duas (lembra daquele tempo em que internet com pulso único só depois de meia noite? E que você - VOCÊ SIM, não negue! - ficava acordado com a finalidade de passar a madrugada clicando alopradamente enquando a conexão não caísse? Pois é).

A minha sorte é que o ônibus estava praticamente vazio. Opa. Peraí. NÃO ERA pra estar vazio! Naquele horário, eu estaria me sentindo uma sardinha enlatada, em meio às empregadas domésticas, pedreiros, babás e office boys indo trabalhar na zona sul, sem contar as velhinhas hipocondríacas que sempre acordam super cedo para se enfiar em filas do SUS. Mas não. Só havia um rapaz sentado num dos bancos da frente, dormindo a sono solto. E uma velhinha logo atrás de mim (provavelmente hipocondríaca), tentando abafar o riso.

Só duas pessoas?? Não pode ser. Tem algo estranho. Foi aí que percebi que, além de ter me vestido errado, também havia pego o ÔNIBUS errado. Great. Me levantei resmungando e fui me sentar no banco de trás, onde tirei o sutiã e, fazendo malabarismo pra não ficar pelada, vesti o dito cujo devidamente por baixo da roupa (mais tarde verifiquei que havia vestido o sutiã do lado avesso, mas enfim).

Na volta, passei pela velha hipocondríaca-e-engraçadinha e percebi que ela ainda estava se divertindo às minhas custas. "Pensei que fosse pegadinha do Faustão!", riu ela. "Ah, é claro que é, moça", respondi, com o bom humor próprio quem está devendo cinco horas de sono a si mesmo. "Tá vendo aquela câmera ali na frente? Cruza as pernas que eles devem estar filmando a sua calcinha!". A velha olhou pra baixo tão rápido (a fim de verificar se suas partes pudendas estavam expostas) que bateu com a cabeça no apoio do banco da frente. Seria a minha vez de rir, amarga não estivesse. "Até parece que alguém quer ver a sua calcinha, dona", pensei, enquanto tocava o sinal do ônibus pedindo pra descer nalgum ponto remoto da Avenida Brasil.


Eu gosto de comprar roupa. Só não gosto mais porque estou gorda - o que, de certa forma, é até bom, porque economizo uma grana. E prefiro lojas de departamento ao invés de "butiques", porque esse "E aí, amor? Vestiu bem?" me exaspera. Se vestiu mal, eu digo exatamente o quê?? "Não, gata, vestiu PÉSSIMO. Aliás, nem passou do joelho. Cê tem alguma coisa aí maior do que GGG ou eu preciso deixar a bunda em casa antes de vir comprar aqui?".

Então, depois de aproveitar o saldão das liquidações de julho, achei que estava com sorte e entrei na Marks & Spencer. Que vem a ser o equivalente britânico da falida Mesbla (não uso a C&A como exemplo porque a C&A é holandesa e não vende comida). Basicamente, só achei coisa cara e roupa de avó. A idade média dos clientes da Marks & Spencer é 101. As mais jovens são as executivas de 30-40 anos, que não compram roupas mas enchem carrinhos de comida congelada superfaturada no supermercado da loja. O que é a preguiça de cortar um pimentão, não é mesmo, minha gente?

Acabei comprando tralha, claro. Animada com os descontões de até 70% que eu havia conseguido nas outras lojas, levei pra casa uma saia na cor salmão e uma saída de praia branca. A saia até prometia, mas a entidade que eu incorporei para ter coragem de comprar uma SAÍDA DE PRAIA e, para piorar, BRANCA, eu ignoro.

Eu simplesmente odeio roupa branca. Eu era a louca que usava preto da cabeça aos pés nas festas de reveillon, em batizado de criança (de preferÇencia com um anel de caveira maior do que a minha cabeça enfiado no dedo), em missa de ação de graças... A única ocasião em que eu tinha vontade de usar branco era em casamentos, só pra ser espírito de porco.

Então. A saída de praia (que na verdade comprei pra usar como vestido, mas é feia demais até pra isso) tá aqui. Me olha, me aponta dedos e ri. "VINTE LIBRAS", diz ela. "Se você tivesse deixado à mim e à saia salmão (salmão? a saia me deixa parecendo um baiacu) de vinte e cinco na loja, poderia ter comprado um casaquinho de cashmere". E Deus sabe que, em qualquer hemisfério, eu teria mais uso para um casaco de cashmere do que uma... saída de praia.


Parabéns se você leu até aqui. Tava disposto, hein?
Mas se você é daqueles que só "lê as figuras", toma (fotos podres porque feitas com uma câmera vagabunda):

Isso aí é o banco que fica no fundão do jardim, meu refúgio predileto pra ler um livro e ignorar telefone tocando, gatos miando e convenientemente longe da "Dupla Fode Vida": geladeira e computador.

O cantinho é mesmo uma delícia; tanto que não sei se leio, se namoro os figos na figueira, se paparico as minhas fuschias que voltaram à vida ou se me coçoo depois de encostar os pés na urtiga. Mas o banco estava caquético. Resolvi então usar o resto da tinta do armário da cozinha para dar uma cor. Porque, ao contrário daquela mobília novinha que comprei na promoção e pintei, esse banco eu "herdei" junto com a casa e é de qualidade muito superior - apesar de estar em péssimo estado.

Ok, eu devia ter lixado e aplicado um wood filler antes de pintar, devia ter pregado a tábua solta do assento, devia ter tirado do lugar, "devia ter" uma pá de coisas. Mas, se eu decidisse esperar, ser paciente e seguir o esquema, o banco nunca ia ficar azul.

A tábua solta eu vou pregar no lugar hoje, e pintar as tábuas do assento de branco.
E mais tarde, começo a pintar o lavabo. Paredes VERMELHAS. Ui. Wait and see. :)

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