bonito, não é. brompton, em londres, é muito mais interessante do ponto de vista arquitetônico (e tem mais anjinhos, yay!), porém bem mais modesto quanto ao número de celebrities. fui ao père lachaise porque gosto de cemitérios, não exatamente para fazer "dead spotting" - mas é difícil segurar o impulso de sair catando tumbas famosas como as de jim morrison, balzac, maria callas, edith piaf, isadora duncan, bizet, delacroix, proust, chopin, allan kardec, sarah bernhardt e oscar wilde, sem mencionar vários monumentos erigidos às vítimas dos campos de concentração nazistas.
queria ter achado a tumba do victor noir, um jornalista parisiense que comprou briga com cachorro grande e acabou morto, às vésperas de seu casamento, por pierre bonaparte (sobrinho do napoleão). a sepultura traz uma estátua do morto em tamanho natural, como se caído no chão depois do tiro, com uma interessante protuberância sob as calças. reza a lenda que beijar os lábios da estátua, deixar flores em seu chapéu e, principalmente dar uma "esfregadinha" no instrumento do victor garante fertilidade, sorte no amor, uma vida sexual satisfatória e até um marido. não foi à toa que a mulherada passou a fazer romaria e esfregaram tanto o bilau da estátua a ponto de deixá-lo gasto. pobre victor - aposto que o pingolim dele não viu tanto movimento assim enquanto ele estava vivo; ironias do destino.
depois de levar o british boy para fotografar a sepultura de ettore bugatti (esse espaço na frente parece uma "vaga" - tenho certeza que dá pra estacionar um bugatti ali!), fomos procurar a de wilde. até bonita, mas como foi construída em 1922 é meio "moderninha" e sem muito a ver com o velho oscar, na minha opinião.
mas quer saber o que é vergonha alheia? vou te contar:
porque erro de grafia/gramatical é uma coisa completamente aceitável.
mas erro de grafia na tumba do OSCAR WILDE, escrito com BATOM, em letras GARRAFAIS e ainda se declarar brasileiro, NÃO, sabe.
depois de mais de duas horas de caminhada e subida de ladeiras e escadarias, precisávamos repor as energias. encontramos um pequeno restaurante chamado renaissance (bastante apropriado) na primeira esquina à direita da entrada do cemitério. o lugar é todo decorado com memorabillia do jim morrison* (até o faxineiro se parece com ele e tem cara de roadie de banda de rock dos anos 70) e conta com um dos menus entrada + prato/prato + sobremesa mais barato que vimos em paris: oito euros. a cerveja também é em conta (depois de ter pago seis euros numa cerva pequena no metidíssimo a besta le deux magots, foi um alívio pagar 3 euros por meio litro de gelada. :)
* em certa ocasião, jim morrison passou várias horas visitando o cemitério de père lachaise acompanhado de um amigo, e disse que gostaria de ser enterrado ali. seu desejo se tornou realidade no dia 7 de julho de 1971, cerca de uma semana depois dessa visita.
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