voltei de paris na segunda.
devia ter chegado em casa no domingo, mas conseguimos a proeza de perder o vôo estando calmamente sentados a menos de 30 metros do portão de embarque. a única vantagem disso foi ter sido obrigada a passar a noite no sheraton do charles de gaulle, limpar o minibar por conta do cliente do marido e ainda roubar todos os sabonetinhos, creminhos, shampoozinhos, etceterazinhos do banheiro da suíte.
porque a gente pode tirar a garota do terceiro mundo, mas não tira o terceiro mundo da garota. não basta ser pobre - é preciso agir como tal e dar o exemplo.
eu confesso que fui a paris sem tesão. e quando nem mesmo a perspectiva de ir a paris consegue te animar, é sinal claro (em verde, amarelo e vermelho) de que as coisas não vão bem. mas lá chegando, tudo mudou. essa foi a primeira vez que a cidade realmente me encantou. nem mesmo ter ligado do celular para um amigo (agora ex-amigo) a fim de pedir seu endereço (para mandar um postal de La Defense, já que ele detesta prédios velhos e prefere as modernidades que eu desprezo) e dar a ele o prazer de bater o telefone na minha cara depois de me chamar de metida, conseguiu estragar meu dia. simplesmente removi o número em questão da agenda de contatos do celular, guardei o telefone e entrei na laduree pra comer macaroons.
enfim, depois destes quatro dias, meu ânimo subiu nas alturas e cheguei em hannover na segunda à noite achando que a vida era bela.
em casa toca a redimensionar as 200 fotos no cartão de memória, quando o respectivo chega com a bomba: negaram a entrada da chantilly na inglaterra porque os testes feitos no brasil não são válidos. e nem era uma regra clara, porque no site oficial não consta nada a respeito disso nos procedimentos.
ou seja, perdemos quatro meses. eu estava contando, literalmente, as horas para 11 de janeiro chegar. quando teriam se completado seis meses desde que levamos a chantilly no veterinário e ele nos entregou o pet passport, e então poderíamos, eu e ela, voltar para casa. eu simplesmente NÃO SUPORTO mais ficar aqui. é frio demais, chato demais, alienígena demais. nem a própria gata está se adaptando à temperatura.
enfim. balde de água fria é pouco.
imagine abrirem um buraco no meio de um lago congelado da lapônia e jogarem uma pessoa lá dentro. pois é, essa pessoa sou eu, just now.
não é justo. e eu desejo todas as pestes do mundo para a Grã Bretanha e suas leis imbecis, que escancaram fronteiras para criminosos, terroristas e vagabundos e vetam a entrada de uma gata imunizada e testada só porque o teste não saiu da europa.
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