it's a pretty big world god
and i am awful small
everyday they rain down on me
flower in a hailstorm
Paris na semana que vem. Estou feliz e quero ir, mas isso significará interagir com humanos, o que quase nunca se mostrou uma boa idéia no meu caso. Ele vai estar ocupado e eu terei que ficar andando feito barata tonta atrás de gente que não necessariamente estarão a fim de que eu as siga.
Acabo de me lembrar de quando eu estava na quarta série. Minha única amiga em toda a escola mal aparecia para as aulas, até que não voltou mais - depois eu soube que os pais dela não tinham como pagar as mensalidades. Todo dia era a mesma coisa; eu chegava cedo, me sentava e ficava encarando longamente a porta, esperando que a D. entrasse por ela. Só que isso raramente acontecia e conforme os minutos se passavam eu ia forçosamente aceitando que eu teria que enfrentar mais um dia de aula sozinha. Eu tinha nove anos e era chato passar o recreio inteiro andando de um lado para o outro e observar de um canto as meninas pulando corda e os meninos jogando bola. Nunca fiz um esforço efetivo para me integrar, mas como as minhas fracas insinuações de que eu queria brincar nunca tiveram a calorosa recepção que eu esperava, eu achei mais simples me isolar e ir comer o lanche no banheiro.
Na maioria das vezes eu não me via na situação de coitadinha. Acreditava que, se eu não podia estar com quem eu queria estar, não me interessava estar com mais ninguém. Por anos me perguntei se essa era uma percepção legÃtima ou apenas analgésico contra uma verdade dolorida (a de que na verdade ninguém queria estar comigo também), mas as decepções que eu acumulava sempre que resolvia cruzar a muralha auto-imposta e interagir me convenceram de que eu funcionava melhor sozinha.
Geralmente desgosto das pessoas até que elas se provem não-desgostáveis. Se possÃvel for, fujo delas como se tivesse medo - mas na verdade é preguiça do desgaste energético para pouca recompensa. Não tem a ver com sÃndrome do pânico porque não é pânico que sinto. Apenas um pré-cansaço, um pré-desencanto, um conforto que não encontro na companhia de quase ninguém.
Houve épocas em que eu tinha certeza de que isso era uma fase e ia passar.
That never happened. Now I have to accept that this is who I am.
and i am awful small
everyday they rain down on me
flower in a hailstorm
Paris na semana que vem. Estou feliz e quero ir, mas isso significará interagir com humanos, o que quase nunca se mostrou uma boa idéia no meu caso. Ele vai estar ocupado e eu terei que ficar andando feito barata tonta atrás de gente que não necessariamente estarão a fim de que eu as siga.
Acabo de me lembrar de quando eu estava na quarta série. Minha única amiga em toda a escola mal aparecia para as aulas, até que não voltou mais - depois eu soube que os pais dela não tinham como pagar as mensalidades. Todo dia era a mesma coisa; eu chegava cedo, me sentava e ficava encarando longamente a porta, esperando que a D. entrasse por ela. Só que isso raramente acontecia e conforme os minutos se passavam eu ia forçosamente aceitando que eu teria que enfrentar mais um dia de aula sozinha. Eu tinha nove anos e era chato passar o recreio inteiro andando de um lado para o outro e observar de um canto as meninas pulando corda e os meninos jogando bola. Nunca fiz um esforço efetivo para me integrar, mas como as minhas fracas insinuações de que eu queria brincar nunca tiveram a calorosa recepção que eu esperava, eu achei mais simples me isolar e ir comer o lanche no banheiro.
Na maioria das vezes eu não me via na situação de coitadinha. Acreditava que, se eu não podia estar com quem eu queria estar, não me interessava estar com mais ninguém. Por anos me perguntei se essa era uma percepção legÃtima ou apenas analgésico contra uma verdade dolorida (a de que na verdade ninguém queria estar comigo também), mas as decepções que eu acumulava sempre que resolvia cruzar a muralha auto-imposta e interagir me convenceram de que eu funcionava melhor sozinha.
Geralmente desgosto das pessoas até que elas se provem não-desgostáveis. Se possÃvel for, fujo delas como se tivesse medo - mas na verdade é preguiça do desgaste energético para pouca recompensa. Não tem a ver com sÃndrome do pânico porque não é pânico que sinto. Apenas um pré-cansaço, um pré-desencanto, um conforto que não encontro na companhia de quase ninguém.
Houve épocas em que eu tinha certeza de que isso era uma fase e ia passar.
That never happened. Now I have to accept that this is who I am.
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