O telefone nem ameaça tocar. Bani meus contatos.
O bina pifou. Mesmo assim, não atenderia a chamada. Do outro lado da linha, pode haver de tudo. Não gosto de surpresas.
Mas o telefone não toca. É sábado, as pessoas têm medo de mim e precisam realizar seus sonhos - que eu sempre mato.
As amigas comprometidas fazem o programa básico de todo o fim de semana com o namorado. Sempre o mesmo programa, em todo fim de semana, até que o cara se encha do programa, se encha delas e elas se encham de lágrimas no sábado sem ele.
As amigas solteiras programam idas ao Bar do Bolla, à Bunker, ao Santa Fé, ao Amarelinho. Depende da tribo. E depende de onde o candidato a macho da vez esteja freqüentando - só que para FUGIR delas. E elas fingem não perceber.
É sábado, as pessoas TÊM que sair. Passar o sábado em casa, imagina que absurrrdo!
As rádios são maravilhosas aos sábados, eles tocam o que deixaram de tocar há muito tempo porque era BOM demais e os ouvintes idiotas não pediam pra ouvir. Afinal, eles não estão ouvindo, mesmo - sábado é o dia de NÃO ouvir, sábado é o dia de FAZER acontecer. De ir pra night, comer pipoca na praça, de subir no terraço de casa e tomar banho de borracha/mangueira, de fazer as unhas, de enrolar o cabelo, de testar aquela máscara de pepino Ó-TI-MA pra pele, que elimina rugas de ansiedade oca e o inchaço dos olhos que não dormem.
Dia de soltar pipa. Dia de andar para cima e para baixo, sem rumo na rua e na vida, só "pra ver qual é" e passar de short curto na frente daquele gatinho, quem sabe ele me olhe, e... Não, ele não olha. Está cortando no serol a pipa daquele mané que ele não suporta. Isso vale mil gatinhas de short curto. Porque elas sempre existirão, mas cortar a pipa daquele escroto... chance única.
Dia de assistir vídeos. De fazer e comer aquela insuportável pipoca de microondas. Mastigando o vácuo de uma existência sem nenhum objetivo ou prazer aparentes. Dia de ouvir toda a sua coleção de CDs do Jehtro Tull. Dormir à tarde, brincar com as crianças e sentir-se normal e saudável, e até feliz por fazer isso. Feliz pela sua vidinha repetitiva e medíocre dar tão certo e você se sentir abençoado por ter feito o que, no fim das contas, qualquer um acaba fazendo.
Hoje é sábado, crianças. Go outside and get a life. A real one.
O bina pifou. Mesmo assim, não atenderia a chamada. Do outro lado da linha, pode haver de tudo. Não gosto de surpresas.
Mas o telefone não toca. É sábado, as pessoas têm medo de mim e precisam realizar seus sonhos - que eu sempre mato.
As amigas comprometidas fazem o programa básico de todo o fim de semana com o namorado. Sempre o mesmo programa, em todo fim de semana, até que o cara se encha do programa, se encha delas e elas se encham de lágrimas no sábado sem ele.
As amigas solteiras programam idas ao Bar do Bolla, à Bunker, ao Santa Fé, ao Amarelinho. Depende da tribo. E depende de onde o candidato a macho da vez esteja freqüentando - só que para FUGIR delas. E elas fingem não perceber.
É sábado, as pessoas TÊM que sair. Passar o sábado em casa, imagina que absurrrdo!
As rádios são maravilhosas aos sábados, eles tocam o que deixaram de tocar há muito tempo porque era BOM demais e os ouvintes idiotas não pediam pra ouvir. Afinal, eles não estão ouvindo, mesmo - sábado é o dia de NÃO ouvir, sábado é o dia de FAZER acontecer. De ir pra night, comer pipoca na praça, de subir no terraço de casa e tomar banho de borracha/mangueira, de fazer as unhas, de enrolar o cabelo, de testar aquela máscara de pepino Ó-TI-MA pra pele, que elimina rugas de ansiedade oca e o inchaço dos olhos que não dormem.
Dia de soltar pipa. Dia de andar para cima e para baixo, sem rumo na rua e na vida, só "pra ver qual é" e passar de short curto na frente daquele gatinho, quem sabe ele me olhe, e... Não, ele não olha. Está cortando no serol a pipa daquele mané que ele não suporta. Isso vale mil gatinhas de short curto. Porque elas sempre existirão, mas cortar a pipa daquele escroto... chance única.
Dia de assistir vídeos. De fazer e comer aquela insuportável pipoca de microondas. Mastigando o vácuo de uma existência sem nenhum objetivo ou prazer aparentes. Dia de ouvir toda a sua coleção de CDs do Jehtro Tull. Dormir à tarde, brincar com as crianças e sentir-se normal e saudável, e até feliz por fazer isso. Feliz pela sua vidinha repetitiva e medíocre dar tão certo e você se sentir abençoado por ter feito o que, no fim das contas, qualquer um acaba fazendo.
Hoje é sábado, crianças. Go outside and get a life. A real one.
Esse é um dos, se não o melhor post. Me lembro quando o seu blog estava hospedado no tumblr que eu digitava o domínio no blogspot para vir ver essas postagens inéditas. É incrível que se não fosse o fato de eu me alcoolizar praticamente todos os sábados, seria exatamente essa minha rotina. É um post que coincide tanto com uma fase de minha vida, que em um mundo alternativo acredito que foi eu quem o escrevi.
ReplyDeletePS, se for de sua vontade ativa o disqus no blogger, fica bem melhor que esse nativo.