Friday, June 22, 2007

Meow.

Acabei de ligar para a minha mãe.
Queria lembrá-la de comprar dois abridores de lata e pôr na mala que o meu pai vai trazer (porque os abridores de lata europeus e eu temos uma longa história de incompatibilidade) e também uma garrafinha de água para animais, própria para se usar em casinhas de transporte, a fim de que a Chantilly não sinta sede durante a viagem.

A mãe começou a recomendar cuidados que eu deveria ter com a gata (como se ela não tivesse sido minha e vivido comigo por mais de quatro anos antes da minha mudança para a Europa) e logo se pôs a chorar. Típico. Minha mãe chorava até quando as visitas que eu recebia lá em casa, para passar 2 ou 3 dias, iam embora. Foi com a minha mãe que a manteiga aprendeu a derreter. Era de se esperar que ela ficasse triste com a partida da gata - mesmo que ela reclamasse diariamente da própria, não deixasse que a bicha dormisse em sua cama e armasse escândalos quando a pobre eventualmente vomitava no chão da sala.

"A vida é injusta", disse ela. "Primeiro me leva o seu padrasto, depois você e, agora, a gata também". O problema seria amenizado se ela quisesse adotar um outro gato, mas ela então reclama que não quer ter mais essa fonte de preocupação, de não poder viajar ou dormir na casa dos outros (é claro que poderia... bastava deixar água e comida, gatos são resistentes e independentes) e que nunca mais terá bichos. *suspiro*

Mãe, decida-se.
Porque EU preciso me decidir se fico com peninha de você ou se te mando à merda.

Enfim, meu pai e a Chantilly viajam amanhã à noite.
Será o fim da novela?? Aguarde cenas dos próximos capítulos.
Espero que os obstáculos (o caos nos aeroportos brasileiros, a incompetência da Varig e a burrice alheia) sejam ultrapassados com a ajuda da sorte - porque no fim das contas é só com ela que eu sempre pude contar.




Good luck, little one.

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