eu sei, é uma tática furada. forçar o meu inglês mixuruca (nunca pisei num curso) para fora da zona de conforto "marido-sogra-moças-da-cornershop" faria um bem enorme à minha fluência. maaas deixo o projeto para quando eu estiver de volta ao lar. por ora, vou ali beber gilde ratskeller e resolver outros problemas maiores. a seguir:
os big bosses do departamento de agricultura de jersey não engoliram a minha retórica.
como o veterinário imbecil perdeu a amostra de sangue coletada da chantilly há 5 meses, a gata vai ter mesmo que ficar por essas bandas até abril/maio. mesmo tendo sido testada DUAS vezes contra a raiva e por DUAS vezes ter obtido resultado satisfatório. a gata fica, e nós idem. não poderíamos, na verdade. mas ficaremos.
vamos também escrever uma carta como última tentativa, mas estou pra lá de pessimista.
a previsão é de mais 4-5 meses de inverno escuro, uma gata entediada e eu me transformando numa obesa mórbida por falta de exercício.
em retaliação, me matricularei de novo na academia, comprarei todos os kits de modelling possíveis e terei minha village em miniatura escala 1:87. até o presente momento tenho cinco casinhas montadas, quatro carros, uma igreja e a estação de trem. falta todo o resto, mas eu chego lá - fotos em breve (passei boas horas felizes colando partes e getting high com o cheiro da cola). e vou ampliar a dollhouse com uma extensão, garagem e jardim. também pretendo sacudir a preguiça desse corpo e visitar as amiguinhas que se espalham pela europa. tudo isso para deixar meu cérebro ocupado nesse inverno gélido e escuro, e minhas mãos longe da geladeira. hei de conseguir.
e, como não vai dar pra decorar meu cafofo em jersey em 2007 como pretendido, resta-me assinar a house beautiful e babar na casa dos outros:
mais um scrap escrotinho no orkut. provavelmente da mesma pessoa (apesar do perfil fake ser outro). tenho quase certeza que a alma penada saiu de uma dessas comunidades "brasileiros na inglaterra" (das quais por um ato falho da natureza eu ainda faço parte, mesmo que não frequente há milênios), povoadas por patricinhas e playboys, revoltados por não serem tratados no exterior como as princesas e príncipes que acreditavam ser no brasil. porque no brasil, todos sabem, basta ter fenótipo nórdico, morar bem e dinheiro no bolso (mesmo que seja o do papai) para que tapetes se estendam.
mas eu sou uma pessoa empática. compreendo que, aos 20 anos de idade, descobrir que pratos de bife e batata frita não brotam da geladeira e que comida precisa ser comprada no supermercado, paga, descascada, cozida e preparada antes de comer, e que - o horror! - pratos devem ser lavados depois... deve ser um trauma e tanto. o bastante para que essas pessoas que, por talvez estarem infelizes, queiram puxar todo mundo pro lodo, também. a desgraça gosta de companhia, fato.
o meu conselho (sem ironia alguma) é apenas um: se a barra está assim tão pesada, talvez seja o caso de vender a tv de plasma comprada com o dinheiro dos "porcos colonialistas" e comprar uma passagem. a british airways oferece três vôos semanais de volta para o eldorado.
fuck off and be merry. :)
vou ali me deletar de umas comunidades e beber mais cerveja.
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